Tuesday, August 29, 2006

Especial: Günter Grass e o nazismo



O prêmio Nobel de Literatura Günter Grass surpreendeu a opinião pública com revelações sobre seu envolvimento com o regime nazista quando jovem. Aos 15 anos, Grass se apresentou como voluntário à tropa de submarinos do Terceiro Reich, mas não foi recrutado. Aos 17 anos, foi enviado para Dresden como integrante da Waffen-SS, uma tropa de elite nazista à parte das Forças Armadas, e especialmente atuante no Holocausto.

Até agora, a informação oficial era de que Grass havia sido recrutado como auxiliar da artilharia antiaérea e servido posteriormente como soldado. Considerando-se que este foi destino de tantos jovens alemães na época e que Grass garante jamais ter dado um tiro, o fato em si não chega a causar muito espanto.

O que choca é o protagonista desta história ser Günter Grass, guardião da consciência histórica alemã, delator de todas as hipocrisias relativas à memória do nazismo, social-democrata engajado de verve moralizante e prêmio Nobel da literatura. O que também choca é o fato de a revelação ter sido tão tardia.

Numa entrevista publicada pelo diário Frankfurter Allgemeine Zeitung, neste sábado (12/08), Grass antecipou informações de sua autobiografia, Beim Häuten der Zwiebel (Descascando a cebola), a ser lançada em setembro. Confira, em nossa cobertura do assunto, as declarações de Grass na íntegra, sua repercussão entre intelectuais de língua alemã e o alcance de uma discussão que com certeza se tornará um marco na memória do passado nazista alemão.

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Literatos defendem Grass apesar de envolvimento com nazismo

http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,2135900,00.html

Ao revelar seu envolvimento com o nazismo na juventude, Günter Grass colheu algumas críticas, mas também ampla compreensão por parte do ambiente literário alemão. Leia reações de escritores e críticos às recentes confissões do Nobel de Literatura.


Martin Walser, escritor


O mais maduro de todos os contemporâneos não consegue comunicar durante 60 anos que foi recrutado pela Waffen-SS, sem ter feito nada para tal. Isso lança uma sombra arrasadora sobre nossa elaboração do passado e seu caráter normativo, seja na mentalidade ou no uso da linguagem. Através de seu comunicado superior e oportuno, Günter Grass acaba de dar uma lição neste clima de moralismo vigilante. Temos que agradecer-lhe por isso.


Walter Jens, crítico e teórico de literatura


A confissão de Grass é equilibrada, precisa e sensata. Um mestre da escrita se detém e reflete: "o que você esqueceu de relatar durante sua longa vida?". Foi isso o que ele fez e por isso merece meu respeito. Para mim, o significativo foi ele ter escolhido o momento oportuno. Antes, muita coisa teria parecido pretensiosa.


Walter Kempowski, escritor


[A confissão] chegou tarde demais. Mas, quem não tem pecados que atire a primeira pedra.


Hellmuth Karasek, crítico literário


O fato em si é uma ninharia. Um garoto de 17 anos: meu Deus, isso é totalmente compreensível. Se posteriormente Grass não tivesse se tornado o primeiro a levantar a palmatória moral...
Se tivesse confessado antes sua participação na Waffen-SS, Grass possivelmente teria arriscado o Prêmio Nobel. A Academia, que tem um faro bastante sensível, não teria concedido o prêmio a alguém que tivesse participado da Waffen-SS em sua juventude e se calado durante tanto tempo.


Joachim Fest, biógrafo de Hitler e especialista em nazismo


Não entendo como alguém pode se colocar em evidência durante 60 anos como "consciência pesada" da nação, principalmente em questões relativas ao nazismo – para vir a confessar só depois que ele mesmo estava envolvido. Desse homem, eu não compraria nem um carro usado.


Robert Menasse, escritor


Considero confiável e compreensível a justificativa de que Grass não confessou isso antes por vergonha. É algo digno de admiração: um homem de idade admitir que cometeu um erro.


Erich Loest, escritor


O que Grass disse deve ser aceito sem censuras. Ele era muito jovem e estava fora do alcance de qualquer influência que o pudesse ter detido. Eu também queria ter me apresentado à Waffen-SS, mas o diretor da minha escola me impediu. Grass só deveria nos dizer por que só escreveu sobre isso agora.


Klaus Theweleit, escritor


Isso não passa de um reclame do novo livro de um viciado em publicidade. Quando Grass fica sabendo, através de enquetes, que não são 102% dos alemães que o conhecem, logo lhe ocorre algo do gênero.


Ralph Giordano, escritor


Pior do que cometer um equívoco político é não se confrontar com ele. Em seu íntimo, Grass já fez isso há muito tempo, e agora parte para a opinião pública [com esta revelação]. Para mim, ele não perdeu em nada sua credibilidade moral – de forma alguma.


Hans Ulrich Wehler, historiador


Isso é um fracasso político. Grass buscou deliberadamente o acesso ao cotidiano político e resolveu atuar como uma espécie de preceptor Germaniae. Ele chegou a ser contra a reunificação – por causa de Auschwitz! Agora eu penso: Meu caro, onde foi parar sua sensatez política?

Postagem: André Veríssimo, Presidente, KoaH

David

Rabino Dr. Meir Levin

The book of Ruth closes with David. Who is not inspired by the story of David with its pathos and emotion, his trials and triumphs, his peaks of religious fervor and the very human failings and disappointments? In many ways it is the story that resembles that of Ruth, a tale of rejection and perseverance, incessant effort and moral decisions, and always choices, choices, choices. Moral perfection is a matter of choices and the same options present themselves anew in every epoch. The birth of David closes the era when “judges judged” for it opens the new period of national tribulations, the Monarchy.


By now we have become familiar with the view that history is built out of repetition. In every generation we storm the same peaks and agonize over the same questions and dilemmas, the same quandaries and doubts. Every generation takes the same exam, but if it passes, its children traverse the same terrain at a higher elevation.


The central moral issue of the period of the Judges had been how to preserve the uniqueness and purity of Israelite religion in the midst of the surrounding nations. The story of Ruth demonstrates that they ultimately succeeded in being able to absorb, transform and reshape outside influences under the authority and sovereignty of the Torah. So successful were they that Ruth, the Moabite maiden became the Mother of Royalty. Her son David represents the state of religious and spiritual maturity, able to reject the bad and transform the good. Henceforth, the Jewish people shall never again be tempted to assimilate and disappear
among its neighbors. Its struggle will now be wholly internal – how to unify the disparate aspects of the Holy, how to assure that Divine Presence rests upon it and remains at its central point, how to build the Holy Temple in Jerusalem so as to remain united in one worship, under one banner, under one Torah. The failing of the Monarchy was separation into two kingdoms; its eventual fall came directly from that. Disunity destroyed the first Temple and it also led to the ruin of the Second Temple.

David and his children continued to be tempted but significantly , within and around, not outside of marriage. We never again see a situation like that of Judah and Tamar or Ruth and Boaz. David and Bathseva, Amnon and Tamar, Avshalom and his father’s wives, Adoniyahu and Avishag, Solomon and the daughter of Pharaoh – all these were solely errors on the part of men and in regard to the marriage relationship. Marriage became the paradigm of the greater struggle for the heart and soul of the monarchy. Tikun is now primary and Birur is secondary to it; rectification and unification is the main aspiration, even if separation of evil from good and purification of good out of evil still has its place.

David represents a way-station on the way to Redemption. In some ways he succeeds and in others, he and his descendents fail. They work continues. The redemptive process continues – may we soon witness its completion, speedily and in our day.

A GRANDE PEQUENA EMPRESA



Jack Soifer*
in Jornal de Negócios, 29Ago 2006

A riqueza de campos ardidos

Na UE somos um dos países com mais rápido crescimento de massa florestal. Mas há meio-século somos o que mais a perde por incêndios. Por quê não aproveitar seu potencial? A cinza de campo ardido faz bom solo e, se irrigado, pode transformar-se em óptimo celeiro para sementes especiais, plantas ornamentais e hortifrutículas orgânicas, com grande valor no mercado mundial.
Quando fui consultor nos EUA aprendi que 'se o mercado te dá um limão, faz limonada'. Podemos transformar um desastre em vantagem. Para isto o Ministro da Agricultura deve criar um grupo para ensinar e ajudar a implantar empresas agro-tech.
José Ferraz Alves, do BPI, perguntou há semanas à Basílio Horta, se mais importante em vez de atrair capital não era atrair empreendedores tecnológicos para aqui viverem com suas famílias e daqui exportar. É uma grande sabedoria. A Suécia assim o fez no século XVlll, quando tinha minério de ferro mas não pessoal competente para o transformar e importou Belgas que formaram pequenas empresas. Após cem anos ela exportava aço e pouco depois era líder mundial em ligas especiais.
O enorme crescimento empresarial nos EUA deveu-se a imigração de competentes norte europeus que ali encontraram condições de iniciar pequenas empresas, hoje globais: real livre concorrência, sem burocracia nem boys. Há 30 anos Israel era essencialmente agrícola, mas para lá foram milhares de empreendedores experientes. Exportaram citrinos, sumos e tomates. Hoje de lá se exportar tecnologia em energia solar, electrónica, electromedicina, irrigação, genética vegetal. Dinamarqueses e Holandeses adoram a gente e o clima de Portugal. Há lá centenas de empresários rurais especializados em sementes e mudas de árvores e plantas, para diferentes tipos de solo e clima. Eles dizem que Portugal tem tudo para esta actividade: curto Inverno, longa Primavera, Verão seco, vento seco. Visitei seus campos e vi como é fácil atender aos mercados crescentes. Se lhes fossem oferecidas parcerias com os donos de campos ardidos, cinco técnicos e financiamento para irrigação, eles transformariam as cinzas em milhões de euros. Não é mágica, é tecnologia, esforço e experiência no nicho. Não mais aquelas matas nem as vizinhas arderiam, mesmo com a inveja de muitos e a ganância de alguns.
Devemos motivar proprietários e concelhos a mudar o foco de grande projecto, que exige complexas autorizações, onde intransparência e até corrupção pode ocorrer, para pequeno investidor com tecnologia e mercado lá fora. Este gera trabalho e compra materiais locais.
Antes é necessário mudar o actual sistema de licenciamento. Autarcas querem licenciar o máximo de densidade na orla para ganhar mais-valias, IMI, etc. As consequências dentro de 10 20 anos ficam com outros. Para valorizar a agricultura e recursos naturais no interior é preciso que as mais-vatias sejam pagas à Administração Central. Até que haja eficiente controlo não se poderia acabar com o 'direito adquirido' quando obtido por presumido dolo, contra a orientação das CCDR? O 'caso-a-caso', ferrenhamente defendido por muitos autarcas, espanta o investidor sério, que não pode ser envolvido com presumida corrupção. Em seu país hoje não é como há 20 anos, quando ela era punida só se lá ocorrida.
Chega de grandes piratas e patos-bravos! Há muitos descobridores, empreendedores tecnológicos que nos ajudariam a exportar, trariam emprego e fariam de fogos um arco-íris de mudas e sementes high-tech e das cinzas euros azuis e laranjas. Façamos limonadas!



*Consultor e autor de livros como 'A Grande Pequena Empresa' e "Empreender Turismo".
Está no Conselho Nacional da PME Portugal. jackter@sapo.pt

Monday, August 28, 2006

Poesias



Síntese

que a morte
me encontre
embriagado
e que não ria
ao me ver
do outro lado


Felina

teu corpo
é linguagem pura
frágil refúgio
da minha loucura
metade prazer
metade tortura


Barulho

palavra
por palavra
minha úlcera
de verbos
tece aos poucos
a membrana
do silêncio


Abstração

busco palavras
no escaninho
da memória
e o poema
dorme ao lado
numa pose
transitória


Aos predadores da utopia

dentro de mim
morreram muitos tigres
os que ficaram
no entanto
são livres


Blogs:
http://www.secrel.com.br/jpoesia/lsiqueira.html#interino
http://www.geocities.com/SoHo/Lofts/1418/lau.htm

Featured Dvar Torah: One Stop Shopping


Rabino Shlomo Jarcaig


http://www.torah.org/learning/kolhakollel/5764/shoftim.html

One of the inherent difficulties with any written document is that as careful as the author may be with his or her wording, the document is still subject to the misinterpretation of the reader. To prevent people from misusing the Torah as a justification for behavior G-d does not condone, He created a safeguard to define what an appropriate interpretation of the Torah is. "According to the teaching that they will teach you and according to the judgment that they will say to you, shall you do; you shall not deviate from the word that they will tell you, right or left." (Devarim/Deuteronomy17:11) The Torah mandates one turn to the masters of the day, those who are completely suffused with Torah knowledge and possess a command of its Divine oral elucidation, for interpretation of what the Torah expects of him.
Rashi (1), noting that it would have sufficed for the Torah to instruct not to deviate from its commands - the words "right or left" appear extraneous - explains that the Sages of the day are to be believed even if they tell the petitioner that something he sees on the right is actually on the left, or something that he sees on the left is actually on the right. Though the petitioner perceives them to be wrong, he must, nevertheless, not deviate from their words. Sifsei Chachomim (2) develops this concept. Even though it seems to him they are making a clear mistake, he should realize that by virtue of their sincere and unswerving devotion to G-d's words, He protects them from error, appearances notwithstanding.
Ramban (3) expands this thought. Even a scholar of equal or greater stature who knows he is correct must concede. He cites the Mishna (Tractate Rosh Hashana 2:9) that discusses the disagreement of Rabbi Yehoshua and Rabbi Gamliel of when to declare the New Month. Their dispute impacted the calculations that determined the day that would be Yom Kippur. Rabbi Gamliel, who was in the position of leadership, demanded Rabbi Yehoshua comply with his teaching, going so far as to demand he perform actions that are prohibited on Yom Kippur on the day Rabbi Yehoshua had himself deemed to be Yom Kippur. Even though Rabbi Gamliel himself declared that Rabbi Yehoshua was the wiser of the two, Rabbi Yehoshua complied with Rabbi Gamliel's ruling.
We are culturally attuned to "shopping around". On everything from computers to automobiles to medical solutions, we research, we compare, we contemplate, and then WE decide. Most certainly we solicit the opinions of the experts, but ultimately, the decision is ours. But the Jew who strives to fortify his loving relationship with his Creator utilizes his freedom of choice to choose a Rabbinic mentor, one who himself, with a breadth, depth and profundity of Torah knowledge, has chosen to dedicate his life to understanding and living Torah. Appreciating that the mentor's dedication to the Divine, rich knowledge, and wealth of experience provide a vision for decision-making that he himself does not possess, the G-d conscious Jew further chooses to unswervingly follow the advice given. He does so not simply because he understands that the Rabbi's solution is his key to fulfilling the Divine will. More so, he comprehends that the very act of setting aside his independent decision for that of the Rabbi is itself a magnificent accomplishment in his lifelong pursuit of spiritual greatness.

Have a Good Shabbos!

(1) Rabbi Shlomo Yitzchaki; 1040-1105; commentator par excellence, whose commentary is considered basic to the understanding of the text
(2) Supercommentary on Rashi's Torah commentary, by Rabbi Shabsai Bass; 1641-1718
(3) acronym for Rabbi Moshe ben Nachman, Nachmanides; 1194-1270; native of Gerona, Spain, he was one the leading scholars of the Middle Ages and successfully defended Judaism at the famed debate in Barcelona in 1263

Parashá Ki Tetzei



Rabino Kalman Packouz


GOOD MORNING! A few weeks ago my son came running into my home office late one night. "Come quickly! There is something wrong with the stove." I ran into the kitchen and all 4 burners were clicking like they wanted to ignite, the stove was extremely hot to the touch and ... the knobs had all melted! I pried the stove away from the wall, turned off the gas and unplugged the electricity. My wife had put it in self-cleaning mode and something evidently had gone wrong.

The next day the repairman informed me that the stove was defective and though repairable, he would advise never using the self-cleaning function again. I immediately calls Sears, where I have always purchased my appliances. "No longer under warranty and probably defective? Call Kenmore, the maker of the stove" they said. Kenmore informed me that they are "just a brand name" and that my stove was manufactured by Frigidaire. Frigidaire directed me to Electrolux who had bought them out the previous year. And Electrolux told me to call Husqvarna who had recently bought them. Husqvarna? They're the Swedish company that makes chain saws! And what was Husqvarna's response? "Why are you calling us? You bought it at Sears!"

All of us have frustrations in life. The question is: how do we deal with them? Do you get angry? Depressed? A nervous wreck? How are we supposed to keep life's events from ruining our days?

If you don't define the moment, the moment will define you. Life is filled with frustration, difficulties, pain; however, suffering is optional. We all have control over our emotions, if we focus on the moment and don't just flow with our emotions. If someone accidentally spills coffee on you, you may initially feel anger. However, if it is your boss or that special someone you wanted to meet, it is amazing how fast you can control your anger!

From a Torah perspective, there is meaning in everything that happens in life. The Almighty has gifted every human being with a body and a soul. It is upon us to develop our souls by acting righteously. Life is an opportunity for us to control our basic animalistic instincts and instead work on perfecting our behavior and perfecting the world. Just knowing and integrating this concept into your consciousness can dramatically change how you perceive and react to the vicissitudes of life.

If you come back to the parking lot and find that someone has dented the side of your car, the initial tendency is to get angry: "How could a person do that and not leave a note? My car is damaged! Now I have to spend the time and money to get it fixed!"

If one lives life understanding that everything that happens has meaning and a lesson for him, he would have all of the initial responses, but then ask: Why did this happen? What's the meaning in this event? The answer may be as mundane as, "I should have parked in a manner that gave the other guy more room to get out." Or, the answer may also be, "Who have I damaged and not owned up to my responsibility?" One way the Almighty deals with us s measure for measure - as we do, so we reap.

There are consequences for our actions both in this world and the next. One receives reward for good deeds and punishment for one's transgressions - unless one seeks to do teshuva, repentance. Yom Kippur, the Day of Atonement, is coming up. However, Yom Kippur alone does not always atone for all transgressions. In addition to regretting one's transgression, making restitution, asking forgiveness, making a plan to avoid the transgression in the future and asking the Almighty for forgiveness ... some transgressions require physical affliction as part of the atonement. Better a dent in the side of a car than sickness or injury to us or one of our children!

Part of our distress when we take a financial loss is that it is unexpected. Life is what happens while you're making other plans ... we actually expect NOT to have financial losses. If one mentally sets aside a sum of money for repairs that need to be done again, for replacing items that stop working, for someone cheating him, then when something happens it won't be such a shock. I think of this as my "Mental Rip Off Fund."

Oh, and if you're wondering what I did about the stove... I decided that life is too precious to spend the time pursuing recompense. So, I bought a new stove ... at Brandsmart.




Torah Portion
Ki Tzei


Topics in this week's portion include: Women Captives, First-Born's Share, The Rebellious Son, Hanging and Burial, Returning Lost Articles, The Fallen Animal, Transvestitism, The Bird's Nest, Guard-Rails, Mixed Agriculture, Forbidden Combinations, Bound Tassels, Defamed Wife, Penalty for Adultery, Betrothed Maiden, Rape, Unmarried Girl, Mutilated Genitals, Mamzer, Ammonites & Moabites, Edomites & Egyptians, The Army Camp, Sheltering Slaves, Prostitution, Deducted Interest, Keeping Vows, Worker in a Vineyard, Field Worker, Divorce and Remarriage, New Bridegroom, Kidnapping, Leprosy, Security for Loans, Paying Wages on Time, Testimony of Close Relatives, Widows and Orphans, Forgotten Sheaves, Leftover Fruit, Flogging, The Childless Brother-in-Law, Weights and Measures, Remembering What Amalek Did to Us.


* * *

Dvar Torah
based on Growth Through Torah by

Rabino Zelig Pliskin

The Torah states:

"When you go out to war against your enemies, and the Almighty, your God, will give him into your hand." (Deuteronomy 21:10)

What lesson can we learn for ourselves from this verse?

Rabbi Simcha Zissel of Kelm writes that the greatest enemy that anyone has is one's yetzer hara (one's desire to follow his own passions - the little voice you hear in your head telling you to "go ahead ... it really doesn't matter ... it's worth it ... it will be fun ... it will taste good...). He (the yetzer hara) constantly wants to ambush you and capture you. He acts as if he were your close friend and loves you. However, his real goal is to destroy you.

How does one wage war against one's yetzer hara? You must use your intellect to contradict his false arguments and to see the truth when he shows you illusory images of how you will gain by following him. Do not allow him to cause you to panic for: "when you go out to war against your enemy, the Almighty will give him into your hand." When you are resolved to overcome your yetzer hara, you will be victorious.




Rosh HaShanah is coming up in less than a month - Friday evening, September 22! Here are:


10 THINGS YOU CAN DO
TO PREPARE FOR ROSH HASHANAH



Take a spiritual accounting. Each day take at least 5 minutes to review your last year: (a) your behavior with family, friends, associates and people with whom you've interacted, and (b) your level of mitzvah observance.


Attend a class or classes at a synagogue, Aish center, or a Yeshiva on how to prepare. Read articles on aish.com and listen to world-class speakers on aishaudio.com .


Study the Machzor (Rosh Hashanah prayer book) to know the order of the service and the meaning of the words and prayers. You can buy a copy of the The Rosh Hashanah/Yom Kippur Survival Kit, by Rabbi Shimon Apisdorf (available at your local Jewish bookstore, at judaicaenterprises.com or call 877-758-3242).


Make sure that you have given enough tzedakah (charity) and have paid your pledges (One is supposed to give 10% of his net income). It says in the Machzor that three things break an evil decree - TeshuvaTefilla (prayer) and Tzedakah (charity). Why not maximize your chance for a good decree?


Think of (at least) one person you have wronged or feel badly towards -and correct the situation.


Make a list of your goals for yourself and your family - what you want to work towards and pray for.


Limit your pleasures - the amount of television, movies, music, food -do something different so that you take this preparation time seriously.


Do an extra act of kindness - who needs your help? To whom can you make a difference?


Read a book on character development - anything written by Rabbi Zelig Pliskin would be great!


Ask a friend to tell you what you need to improve. A real friend will tell you ... but in a nice way!





CANDLE LIGHTING - September 1

Jerusalem 6:28
Guatemala 5:56 - Hong Kong 6:22 - Honolulu 6:29
J'Burg 5:36 - Porto e Trás-os-montes 7:29 - Los Angeles 7:02
Melbourne 5:40 - Mexico City 7:33 - Miami 7:24
New York 7:12 - Singapore 6:51 - Toronto 7:36



QUOTE OF THE WEEK:

Life is full of misery, loneliness, and suffering...
and it's all over much too soon.

-- Woody Allen

Saturday, August 26, 2006

O retorno do herói


André Veríssimo


Confrontar as múltiplas linhas com a exegese estilística, filosófica e estética e perfeitamente despojada de todo o academismo. O que se revela como subtil ou emergente em alguns dos traços criadores como o dos contos de fadas é a intensidade libidinal, a máscara, o colocar em questão todo o humanismo, a crucifixão de Diónisos, o êxtase impossível num mundo transfigurado. O que está aqui posto em causa? O humanismo primordial. Sem moralismos que a arte não prevê ou antecipa, existem ali e além uns traços de implicações sociais no crescimento do mundo, na solidão humana, na ponte que se traça sobre um universo vazio em que o humano está sem intérpretes. Ocorre-nos, vagamente, o assombro de uma obra como a de Antiedipo de Deleuze e Guattari que pode configurar a alma de uma artista. Com a escrita de traços que vincam uma mediata aplicação política.
O que acontece hoje (na etnologia e na política de géneros ) é o que decorre do contexto e do ambiente da libertação; emerge das componentes sexistas enquanto cúmulo androgínico: e aí está o volume de impressões que colhemos neste veículo intersticial de cromatismos: um retorno eterno do si como componente viva duma sexualidade não dividida. Antes do anelo primordial. Um complot paradoxal destrutivo e tendente a subverter os fundamentos mesmos da ordem social sem pospor-se instaurar uma nova ordem cósmica, daí o seu carácter psicogónico.
Os mitos, bem como os contos de fadas, atingem uma forma definitiva apenas quando estão redigidos e não mais sujeitos a mudança contínua. Antes de serem redigidas, as histórias eram condensadas ou amplamente elaboradas na transmissão através dos séculos. Todas foram modificadas pelo que o contador pensava ser de maior interesse para os ouvintes, pelo que eram as suas preocupações de momento ou os problemas especiais da época.
Os mitos e histórias de fadas têm muito em comum. Mas nos mitos o herói da cultura apresenta-se ao ouvinte como uma figura com a qual se deve rivalizar na sua própria vida, tanto quanto possível – o caso de Ulisses, o caso de Antígona, etc. Um mito pode expressar um conflito interno de forma simbólica e sugerir como pode ser resolvido - mas esta não é necessariamente a preocupação central do mito. O mito apresenta o tema de forma majestosa, transmite uma força espiritual como na Odisseia de Homero (onde as cenas iniciais se passam em Ítaca, no palácio de Ulisses, que se encontra fora. Penélope, a sua esposa, é assediada por inúmeros pretendentes, que lhe fazem a corte na suposição de que Ulisses tenha desaparecido. A deusa Atena, disfarçada num estrangeiro, exorta Telémaco, filho de Ulisses, para sair em busca do pai. O jovem reúne o povo e solicita-lhe um barco. O povo vacila, deixando-se levar pela pressão dos candidatos à mão de Penélope. Atena surge novamente, agora na forma de Mentor, amigo de Ulisses, equipa um barco e parte com Telémaco. Chegam a Pilos, à casa de Menelau. Nenhum deles, porém lhes dá informações sobre o paradeiro de Ulisses...) ou em Sófocles em que o “divino” está presente na forma de heróis sub-humanos. Por mais que nós, mortais, possamos empenhar-nos em ser como estes heróis, permaneceremos sempre inferiores ou diferentes deles.
As figuras e situações dos contos de fadas também personificam conflitos internos, mas sugerem sempre como estes conflitos podem ser solucionados e quais os próximos passos a serem dados na direcção duma humanidade mais elevada. O conto de fadas é apresentado de modo simples, não se fazem solicitações ao leitor. Isto evita que até a menor das crianças se sinta compelida a actuar de um modo específico e nunca a leva a sentir-se inferior ou inibida de imaginar algo de comum vivido. Longe de fazer solicitações, o conto de fadas reassegura, dá esperança para o futuro e oferece a promessa de um final feliz como bem explica a Psicanálise dos Contos de Fadas de Bruno Bettelheim. Para decidir se uma história é um conto de fadas ou algo inteiramente diferente, perguntamo-nos se poderia ser correctamente chamada de “presente de amor” para uma criança. Os conflitos internos profundos originados nos nossos impulsos primais e emoções violentas, são todos negados em grande parte da literatura infantil moderna e assim a criança não está familiarizada a lidar com eles. Mas a criança está sujeita a sentimentos de solidão e isolamento, com frequência experimenta intensa ansiedade. Na maior das vezes ela é incapaz de expressar esses sentimentos em palavras ou só o faz indirectamente: medo do escuro, de algum animal ou pessoa, ansiedade acerca de seu corpo.
O conto de fadas é orientado para o futuro - só partindo para o mundo é que o herói pode encontrar-se e também encontrar o outro com quem será capaz de viver feliz. Isto guia a criança, em termos que ela pode entender inconscientemente quanto conscientemente, e abandonar os seus desejos de dependência infantil e conseguir uma existência satisfatoriamente independente. Hoje as crianças não crescem geralmente dentro da estabilidade de uma família numerosa ou de uma comunidade como na época em que os contos de fadas foram inventados, e é importante prover a criança moderna com imagens de heróis que partiram para o mundo sozinhos e que, apesar de inicialmente ignorarem as coisas últimas, encontram lugares seguros no mundo.
O herói do conto de fadas mantém-se por algum tempo em isolamento, tal como ocorre com a criança moderna, que mais do que antigamente necessita do conforto oferecido pelo homem isolado, do herói, que, contudo, é capaz de conseguir relações significativas e compensadoras com o mundo ambiente.
Cada conto de fadas é um espelho mágico que reflecte alguns aspectos do nosso mundo interior e dos passos necessários para evoluirmos da imaturidade para a maturidade; contém sob a superfície os torvelinhos da nossa alma, do psiquismo, e o meio de obtermos paz dentro de nós mesmos e em relação ao mundo.

Friday, August 25, 2006

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Autor de Mundo de Sofia defende fim de Israel



Agência Estado

Um artigo em um dos maiores jornais da Noruega atacou Israel e o judaísmo, além de afirmar que Israel perdeu o direito de existir na sua forma atual. O artigo saiu no último sábado, segundo o jornal israelense Haaretz.Intitulado de "Povo escolhido por Deus", o artigo de Jostein Gaarder publicado di Aftenposten vem causando rebuliço na Noruega. Gaarder, autor de "O mundo de Sofia", faz uma relação entre os atos do exército de Israel no Líbano e a história judaica, e prevê um desmantelamento do Estado judeu como ele existe atualmente.

Em entrevista ao jornal israelense Haaretz, Gaarder disse ter sido mal interpretado. "Assim como John Kennedy declarou sou um berlinense, digo agora sou um judeu", afirmou. O artigo compara o governo de Israel, o regime Taleban no Afeganistão e o apartheid na África do Sul. "Nós não reconhecemos mais o Estado de Israel", e "o Estado de Israel em sua forma atual é história". "Chamamos assassinos de crianças de assassinos de crianças, e não iremos aceitar que eles tenham um mandato divino ou histórico que justifique suas barbáries", escreveu. "Limpeza étnica é condenável, atos terroristas contra civis são condenáveis, sejam eles realizados pelo Hamas ou por Israel!"Gaarder se refere diversas vezes ao papel que o judaísmo exerce nas aspirações territoriais de Israel, escrevendo que "não acreditamos na noção povo escolhido por Deus. Rimos das fantasias dessa nação e choramos pela seus atos errados." "É o Estado de Israel que falha para reconhecer e respeitar o estado de Israel das leis internacionais de 1948. Israel quer mais; mais água e mais cidades. Para conseguir isso, há aqueles que querem, com a ajuda de Deus, uma solução final para o problema palestino. O artigo gerou diversos comentários e debates calorosos na mídia norueguesa. O artigo também gerou um debate sobre as supostas tendências de anti-semitismo do autor e o seu direito de criticar Israel.

A jornalista e crítica de música judia, Mona Levin, falou em público contra Gaarder e disse estar chocada com o silêncio do governo. Ela atacou o gabinete denunciando o que ela descreveu como "a coisa mais medonha" que ela leu desde Mein Kampf, livro de Adolf Hitler. "Estamos lidando com um homem ignorante, cheio de ódio, que ridiculariza o judaísmo", afirmou Mona em entrevista da cidade de Oslo ao Haaretz. "Esse é um clássico manifesto anti-semita, que nem pode se disfarçar como uma crítica a Israel", afirmou a professora Dina Porat, chefe do Instituto para Estudos Contemporâneos sobre Anti-semitismo e Racismo da Universidade de Tel-Aviv. "O autor não coloca o conflito em seu contexto atual, mas volta a milhares de anos para afirmar que os judeus têm traços de crueldade que permanecem inalterados e se apresentam na guerra atual", diz a professora. Porat afirma que, de acordo com a União Européia, negar o direito de Israel existir - argumentando que a sua existência é racista - é uma declaração anti-semita. Ela também encontrou no texto de Gaarder o uso de símbolos clássicos do anti-semitismo, como o infanticídio.

"Eu estou no comando do instituto há 15 anos e não é todos os dias que leio um material com conteúdo tão radical."Gaarder escreve, entre outras coisas, que "não acreditamos que Israel lamenta a morte de 40 crianças libanesas mais do ele lamentou por mais de 3 mil anos, ter passado 40 anos no deserto". O norueguês escreveu também que os primeiros terroristas sionistas começaram a agir nos tempos de Jesus.

Ao falar com o Haaretz na terça-feira, um dia antes de parar de falar com a mídia, Gaarder disse que ele foi mal interpretado e que é amigo dos judeus. "Acho que o que o Hezbollah está fazendo é terrível", afirmou, e completou dizendo que ele apóia o direito dos judeus de existirem, assim como Israel como terra natal dos judeus desde 1948.

Jostein Gaarder se recusou a se retratar publicamente. Recentemente sinagogas têm sido atacadas na Noruega.

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Fonte: http://www.diepresse.com/Artikel.aspx?channel=k&ressort=k&id=577549

Jostein Gaarder:Anti-Israel-Essay sorgt für Aufregung
(diepresse.com) 10.08.2006
Die zehn Gebote als "lustige Steintafeln": Der norwegische Autor von "Sofies Welt" steht zu seinem umstrittenen Israel-Text - und schweigt.
Sieht sich mit dem Vorwurf des Antisemitismus konfrontiert: Jostein Gaarder. (c) EPA
Der für seinen provokanten Israel-Text heftig kritisierte norwegische Schriftsteller Jostein Gaarder (54) will sich nicht mehr zum Nahost-Konflikt äußern. "Ich muss mich von der weiteren Debatte zurückziehen", sagte der Autor des Weltbestsellers "Sofies Welt" (1994) am Mittwoch in Oslo. In einem Beitrag für die Zeitung "Aftenposten" hatte er kürzlich unter anderem erklärt: "Wir erkennen den Staat Israel nicht länger an." Wen er außer sich selbst mit dem mehrmals im Text verwendeten Begriff "Wir" gemeint hat, erklärte Gaarder allerdings nicht.

Vergleiche mit "Mein Kampf"
In Form einer "alttestamentarischen Prophezeiung" schrieb Gaarder, dass "Israel mit seiner skrupellosen Kriegskunst und seinen widerwärtigen Waffen die eigene Legitimität massakriert hat". Die Umwelt solle besonnen und mitleidig reagieren, "wenn die gesamte israelische Nation aus eigenem Antrieb zu Fall kommt und Teile der Bevölkerung aus ihren besetzten Gebieten in eine neuerliche Diaspora flüchten müssen".
Intellektuelle, Politiker und Angehörige der jüdischen Gemeinde warfen ihm daraufhin Antisemitismus vor und verglichen seinen Text mit Hitlers "Mein Kampf". Norwegens Außenminister Jonas Gahr Støre etwa nannte Gaarders Text "inakzeptabel und beunruhigend", weil Israel darin das Recht auf Schutz durch UN-Resolutionen aberkannt werde.

"Lustige Steintafeln"
Hintergrund der scharfen Reaktion in Norwegen war auch Kritik Gaarders an "den Juden" in seinem Text sowie die Einstufung der zehn Gebote als "lustige Steintafeln". Gaarder schrieb weiter: "Über 2000 Jahre haben wir die Lektionen des Humanismus gepaukt. Aber Israel hört nicht darauf."
Gaarders Essay sorgte auch anderweitig für Aufsehen: Nie zuvor hätten sich derart viele Leser im Internet geäußert, berichtete der Netzredakteur von "Aftenposten". Die Mehrzahl der Reaktionen fiel dabei aber positiv aus.
Der Schriftsteller begründete die Schärfe seines Artikels mit seiner Verzweiflung über die Entwicklung im Nahost-Konflikt. Der Text sei als "Weckruf für Israel" gedacht gewesen. Er stehe bis auf die "respektlose" Einstufung der zehn Gebote auch dazu, habe aber die "unberechenbare Wirkung" der alttestamentarischen Form unterschätzt. Zu der Kritik meinte er: "Sobald man den Staat Israel angreift, bekommt man den Vorwurf des Antisemitismus hinterhergeworfen." (Ag./Red.)

THEY NEVER LOSE, WE NEVER WIN


Rabino Berel Wein

Jerusalem Post 28 Av 5766 / 22 August 2006

The recent war in Lebanon against the Hizbollah ended, as have all Arab-Israeli wars, in victory for the Arabs and defeat for Israel. This is the message that is rife and almost exclusive in the Moslem world and is also the consensus of opinion of the “experts” of the European and North American media. And of course, this message is aided and abetted by our own peace-seekers on the Left who, at any cost, are eternally convinced that if we only made nice to the Arabs all of our security problems would be solved.
The terrible tendency in the Arab world to never admit defeat or to never acknowledge the negative shortcomings of its own society, hinders any efforts to have reality creep into the their view of the Middle East. If the Arabs never lose, why shouldn’t they continue pursuing the terribly disastrous struggle against Israel’s existence that they have mounted over the past sixty years at? Nasser never admitted defeat in the Six Day war.Sadat and Assad never admitted defeat after the Yom Kippur War. Egypt still celebrates the anniversary of the “October War” as a great victory of Egyptian arms. Sadat’s peace treaty with Israel, six years after that war ended, was at least a tacit admission on his part that Egypt had lost the war. But he dared not say that publicly. And, in any event, because of that tacit admission, he was assassinated by the Arab street.
Arafat never admitted that his intifadas were a bloody failure. He also preserved the myth that his policies were always correct and was admired and beloved by the Arab masses in spite of his venality, corruption and the misery that he brought to the lives of the Palestinians. In the Arab world apparently victory is achieved by proclamation and whatever the real results of the conflict are makes no difference.
So, as long as the Arab street is convinced that it is winning and never losing, we can only expect the conflict with Israel to continue and even intensify. The few brave voices in the Arab world that have spoken up realistically about Lebanon, the Hizbollah and Israel are either in exile in the West or hiding underground in fear of their lives from the thugs that dominate Arab society.
All of the saber rattling of Iran and Syria stems from this false view of reality. Never understanding what Israel represents to the Jews, denying the Jewish past and even the Holocaust, not appreciating the strength of the people of Israel are all contributory. Instead of concentrating on the bombast and hollowness of Israel’s erstwhile political leaders and self-hating media, the Arabs are convinced in their fantasies that one more war will do it for them and that they can wipe Israel off the face of the earth.
Doctored photos, biased reporting, idiotic analysists who have rarely been correct about anything before, all have conspired to create the impression of Arab victory. As long as these delusions exist and prosper in the Arab world there is no chance whatsoever for any just solution of the Arab-Israeli conflict. Sobering as this conclusion is, realizing its truth will at least strengthen our resolve and prevent us from repeating past mistakes and embarking upon new foolishness.
The other side of this coin is that we never win. We always concentrate on our failures and not on our accomplishments. The fact that the Israeli population stood up to the thousands of rockets rained on the Galilee is itself an enormous victory, albeit bought at great tragedy and cost.
Hitler’s road to defeat began with the determination of the British people not to be crushed by the aerial blitz launched against them. Whereas the other Western European countries were immediately cowed by German bombs, not so the British citizens.
And this proved to be one of the turning points of the war. I shudder to think what would be the situation in France or the United States if those countries had to absorb thousands of rockets on civilian targets for a month. In the long run, whether the world wishes to acknowledge it or not, Hizbollah, Iran and Syria have been exposed as the bases of terror that they are. And the reality is that no matter what the media spin may be, they have suffered a defeat. But we, in our time-honored fashion, prefer to dwell on our failings instead of our achievements. We never allow ourselves the luxury of feeling that we have won. Even after the stunning victories of the Six-Day War and the Yom Kippur War, the naysayers and much of the media warned us that it was all for naught.
Perhaps it is the thousands of years of exile and persecution that have conditioned us never to say that we have won. The most that we allow ourselves is to say that we have survived. Well, perhaps survival is after all victory, at least in Jewish terms.One of the great threats raised against Israel is that of Arab demographics. The Arabs believe that they will be the majority in the land between the Jordan and the Mediterranean in a few short years. However, in an article in the recent issue of Azure, it was conclusively shown that this claim is also a sham, a doctored photograph of the reality. Under-reporting of the death rate in the Palestinian territories, exaggerating the birthrate, double counting of the Arab population in Israel and also counting them as Palestinians and ignoring the sizable emigration from the Palestinian territories over the last decades, all contribute to a very false reading of the demographic reality.
Israel itself abets this falsehood by adopting Arab census figures cart blanche. There are undoubtedly political motivations behind such deception but again it is part of our mental makeup that we can’t really win and for them that they can’t ever lose. Only a change in these perceptions and attitudes will eventually lead to a more stable situation here in the Middle East. Until this happens, we should continue to sit tight and ignore all pie-in-the-sky proposals that our wacky leaders continually propose. Patience is the weapon for victory.




Weekly Parsha 28 Av 5766 / 22 August 2006


The first verses of the parsha address one of the great weaknesses of human life - personally, socially and governmentally - the weakness of corruption. Corruption comes in many forms and modes. The outright bribery of officials and judges is certainly understood to be a most heinous form of corruption for it undermines the very basis of a lawful society. There are enough examples of this type of corruption in our past and current national life to prove to us how damaging and destructive this immoral policy can be.
But the Torah speaks not only of the blatant corruption of open bribery and trading judicial and governmental favors for money, but also of a more subtle and perhaps even more insidious type of corruption that apparently falls short of the legal definition of bribery. This type of corruption leaps upon us almost unawares and is hard to define or even recognize.Chance remarks, a courtesy extended, a past favor given innocently, all remain as potential points of corruption.
The Talmud relates to us that the great amora, Mar Shmuel disqualified himself from judging a case that was brought before him because one of the litigants had earlier in the day allowed Mar Shmuel to pass before him on a narrow footbridge. Now Mar Shmuel as the chief judge and head of the yeshiva in Nehardea in third-century Babylonia is certainly entitled, as a matter of respect to Torah scholars, to pass first on the narrow footbridge. Yet, Mar Shmuel felt that even that small measure of respect, inconsequential as it may appear on the surface, could be enough to influence his decision and corrupt his judgment.
But an even more subtle shade of corruption exists and is exposed in Jewish thought. This is the corruption of self-interest. It clouds our minds, imposes upon us a narrowness of vision and leads inevitably to damage in the long run. The great men of Mussar and of Chasidut both speak of a person who is a meshuchad – who is corrupted by selfishness, self-interest and an inability to see the consequences of his behavior and actions.
This corruption stems from prejudice, ignorance and the inability to control one’s desires. "Since I want to do it, it must be justified and correct” is the mantra that creates such an insidious form of self-corruption. The Torah therefore sets standards as to behavior and actions.Following and adhering to those standards minimizes our penchant for self-corruption. It does not however remove it completely from our lives.
Only continual self-analysis of one’s behavior and motives can effectively combat self-corruption in its minutest form. One can therefore never rely upon one’s previous acts of piety or goodness to be a guarantee against self-corruption. Every day is a new battle and every choice in life is a new challenge to our innate integrity and holiness of purpose. Corruption blinds the wise and skews the righteous. Recognizing its omnipresent dangers and being aware of its challenges is the beginning of our battle against self-corruption and its delusions.


Shabat shalom.
Postagem: André Veríssimo, Pres. KoaH

Antropologia - kit de Campo


As descobertas de uma professora disfarçada de caloura universitária

The New York Times
16:05 23/08

Diana Jean Schemo

FLAGSTAFF, Arizona - Por que será que os estudantes universitários parecem alérgicos aos debates intelectuais? Por que todos parecem sair correndo no instante em que a aula acaba? Eles namoram? O cachorro realmente comeu suas lições de casa?
Leia abaixo o texto
Todos esses julgamentos disfarçados de perguntas começaram a intrigar Cathy A. Small, professora de Antropologia. Ela percebeu que já havia ouvido histórias semelhantes na sua época de estudante, 30 anos atrás.
Mas ao invés de ceder à alienação que suas questões sugeriram, Small, uma mulher compacta e energética, foi procurar respostas em seu kit antropológico. Usando o pseudônimo de Rebekah Nathan, ela se matriculou como caloura na Northern Arizona University no ano de 2002, determinada a aplicar as mesmas técnicas que utilizava quando estudou as sociedades tribais, a fim de entender melhor os 18 mil alunos no campus em que leciona.
"Usei minha alienação como trampolim para este projeto", disse. "Não era apenas observar os alunos, e sim me tornar um deles e saber de onde vinham".
Small enxergava seu estudo como um "livro bem pequeno", porém "My Freshman Year: What a Professor Learned by Becoming a Student" (Meu Primeiro Ano: O que uma Professora Aprendeu ao se Tornar Aluna) já foi reimpresso cinco vezes. Uma edição em papel jornal, lançada pela Penguin Books nesse mês, esgotou suas 14.500 cópias em uma semana.
"Existe uma corda que arrebentou", disse Small durante um jantar, onde comeu canja tailandesa, com cogumelos e leite de coco, uma mistura que traz lembranças de seus anos no Pacífico Sul, onde morou em Tonga. "As pessoas estão dispostas a discutirem esse assunto".
Seu livro mostoru os alunos de hoje "não como elites, não tão preparados" para a faculdade como as gerações anteriores, e entupidos de dívidas. "Eles são mais práticos em sua educação", declarou.
De perto, ela descobriu que os alunos podem ser intelectualmente engajados, porém, ao invés de se engajarem em discussões políticas e filosóficas, tendem a conversar mais sobre como completaram tarefas específicas, muitas vezes com o mínimo esforço. Eles enxergam a socialização no campus como premissa crucial, e os desafios acadêmicos e intelectuais como questões meramente secundárias em sua educação.
"Acredito que as pessoas estão mais engajadas do que parecem, mas existe uma pressão para mostrarem desinteresse no lado acadêmico da vida", disse Small.
Os alunos também parecem indiferentes à valores como diversidade.
Ainda que a universidade seja uma "experiência limiar" - um local de potencial criativo enorme, onde novas identidades podem ser forjadas e destinos transformados - ela encontrou uma ênfase penetrante no conformismo e no cinismo.
Small, uma nativa do Brooklyn que pratica tanto o judaísmo quanto a meditação budista, fez seu doutorado sobre o impacto da imigração nas pessoas de Tonga.
Para conduzir a pesquisa, ela morou na ilha por três anos, participando de uma cooperativa de mulheres que faziam tecidos usando a cortiça de uma árvore chamada tapa. Um grande pedaço desse trabalho fica pendurado em sua casa, visível da sala no andar de baixo.
Escrever seu livro não foi a primeira vez em que Small usou sua experiência antropológica numa situação da vida moderna.
Em 1993, ela criou um catálogo para ajudar tribos nativas americanas a comercializarem seus artesanatos sem intermediários.
Em "My Freshman Year", Small chamou a universidade de AnyU, descrevendo-a como uma universidade pública de porte médio, não particularmente seletiva. Um repórter do The New York Sun juntou as peças e dicas em seu livro e revelou sua identidade no ano passado.
Inicialmente, ela se recusou a confirmar que fosse a real autora do livro, preocupada em violar a promessa de anonimato que havia dado a seus objetos de estudo. Porém, eventualmente, ela decidiu que se esconder colocaria em risco a privacidade de alguns estudantes, especialmente após um jornalista ameaçar pesquisar arquivos escolares sob o Ato de Liberdade de Informação.
O que ajudou também foi o fato do presidente da universidade, John D. Haeger, ter elogiado publicamente seu trabalho, e ter usado o livro como moldura para fazer mudanças no alojamento e vida acadêmica dos estudantes.
Agora, Small dá palestras para grupos por todo o país, sobre as implicações de suas descobertas, para colegas em universidades, especialmente sobre como promover a diversidade.
"Estou representando a angústia que a minha própria geração sofre ao lidar com os estudantes nos dias de hoje", disse.
A pesquisa de campo para seu trabalho significou deixar sua confortável casa e viver num alojamento de estudantes, matricular-se num curso e tentar fazer amigos. Significou abandonar sua vaga de docente no estacionamento da faculdade e mover-se pelo campus a pé ou de ônibus. Mas, principalmente, significou perder seu status como professora, e tentar enxergar o mundo pelos olhos de seus alunos.
Inicialmente, as perspectivas eram assustadoras. Em sua primeira noite de orientação, Smalls fez como seus alunos, que fizeram as malas e foram dormir com seus pais em quartos de hotel pela cidade. Ela foi para casa.
"Eu tipo, entrei em pânico", disse, imitando o jeito de falar dos estudantes. "É muito confuso se sentir um peixe fora d'água".
Porém ela voltou no dia seguinte, recolhendo impressões sobre assuntos como decoração dos alojamentos até a vida social dos estudantes.
Estudos nacionais mostraram que os estudantes universitários de hoje passam menos tempo estudando do que as gerações anteriores, porém, também passam menos tempo em atividades sociais. Então, o que andam fazendo afinal?
Small descobriu que muitos jovens em seu campus lutavam para equilibrar as exigências acadêmicas com longas horas de trabalho fora da faculdade. Ela também observou que a universidade fragmentou o corpo acadêmico ao oferecer uma grande gama de opções nos muitos aspectos da vida dos estudantes. Tudo, desde as cargas horárias até os arranjos nos dormitórios podem ser adaptados para preencher as necessidades individuais de casa aluno, porém os resultados reduziram as chances dos calouros socializarem com pessoas diferentes.
Durante sua pesquisa, os outros estudantes assumiram que a amigável mulher com cachos grisalhos deveria estar na pior: 50 e poucos anos, talvez divorciada, tomando aulas porque decidiu fazer algo por si própria. Porém, evitavam fazer perguntas.
"Eles não sabiam o que era, mas tinham certeza que minha história era triste", disse rindo.

Postagem: André Veríssimo, Presidente, KoaH

Integrity - Small Oaths II

Rabino Daniel Travis

And I will establish my covenant with you; never again will all flesh becut off by the waters of the flood. There will never again be a flood todestroy the earth. (Bereshith 9:11)

The previous essay mentioned that one must be extremely wary ofinadvertently taking a vow, for if one intends to do so even thewords “yes” and “no” can be considered oaths. This prohibition appliesregardless of which language one spoke in and even if one does notexplicitly mention one of God’s names.(1) However, if one does mention aDivine name, the words are considered an oath even if one does not saythat they are an oath. Therefore one should not say, “B’emeth (in truth)this is so,” for Emeth is one of the names of God.(2)

Why is an oath viewed with such awe? In essence, when someone makes oath,he is comparing the accuracy of the statement he has made to the truth ofGod’s existence. Therefore if a person violates his oath it is as if hehas denied God’s very existence. For this reason, our Sages say that atSinai, when God pronounced the prohibition of swearing falsely, the entireuniverse trembled.(3)

A man once left some money with a widow. The woman placed the coins in theflour jar, but soon forgot that she had done so. When she baked bread withthat flour, the money that she was given was accidentally mixed into thedough. A poor person came to her door, and she gave him the bread, unawarethat she had also given him the coins.

The owner of the coins came back to the widow and asked for his money.Anxious to affirm her honesty, she exclaimed, “May deadly poison affectthe children of the woman who benefited from those coins.” Shortly aftershe made her exclamation one of her children died. Concerning thisincident the Sages said, “If this is the punishment for one who makes atrue oath, (for in truth she did not receive direct benefit from thecoins), imagine what the punishment for a false oath is.”(4)

Footnotes:
1. Shulchan Aruch Yoreh De’ah 237:1.
2. Sefer HaYirah of Rabbeinu Yonah, p. 217; Reishith Chochmah, KedushahCh. 14; Teshuvoth V’Hanhagoth 1:525.
3. Shavuoth 39a.
4. Gittin 35a.

Conto de Verão



Conto avesso


André Verissimo

Pressinto, creio que pressentimos todos, neste início de século, de milénio e de ano, mudanças profundas que, apesar de uma longa incubação, surgem hoje de repente à luz do dia com o descaramento dos factos consumados. Mas a história não conhece irreversíveis. Nada é definitivo, nem nada é erradicável uma vez por todas no ser humano.

Esther Mucznik

A chegada dele à sua mesma humanidade impõe-lhe o exílio e de todos os conceitos que vão conexos a esse sintoma, quase diria, a essa gramatologia. Perguntarmo-nos sobre a realidade, é perguntar pelo “que é” como na República se considera haver Formas de toda a pluralidade e que para tal detêm um único nome, o meu é Isaac...
Essa obsessão de si como passividade não deixa tempo para o cuidar-se, podendo manifestar a busca dum secreto do sujeito numa identidade suposta, como o seu ser mesmo, mas numa virtualidade de recorrência infinita.
A obrigação a sair de si, que o arranca a partir da emergência da significação, que emana do rosto.
A aproximação do Eu ao Infinito é medida generosa de aproximação ao Teu rosto.
A fundação da superioridade vem da entrada do terceiro, do outro homem, da outra mulher, no rosto, pelo qual o sentido da humanidade me habita.
O sujeito humano passa a ser habitado nos seus âmbitos mais íntimos pelo desejo do outro, nem procurando uma angra de si, que seja si mesmo.
As excepções: o sexo. O corpo e a saliva. O ardor e a espuma dos dias findos....

As emissoras precisam estar atentas, as ficções, como sereias electrónicas, dominam a programação. A Gal-Galaz, trabalha e assim a KolHalev, a Lelo-Hafsaka, a Reshet Bet, etc...
O Professor Marcelo Sousa, debita noutra onda ainda com forte propulsão, a substância viva da cultura que encontra na energia do Portugal pequeno para redinamizar a ficção do tempo político.
O grotesco da Paula Rego presente hoje na minha imaginação e o sublime da vida vivida por aí nesse mundo negro e sombrio das máquinas de atrelar consciências: a televisão. As telenovelas não poderão fugir do estilo de tribalismo neogrotesco que infesta a ecologia dos media.

Contudo, entre uma e outra signagem da violência na TV, as imagens dionisíacas farão a sua curta aparição no vídeo. Para o melhor e para o pior, a parte orgânica, vitalista, caótica e vigorosa, fluida e vínica invade o meu odor de ervas e flores murchas, madeira e sabor ocre e levemente frutado. A natureza humana é um ingrediente básico na construção do diário de biodegenerescência. Tudo óbvio.
Apesar da banalização da violência, sensacionalismo e escatologia estética, as “identidades colectivas” irrompem e falam. Como pode falar o colectivo?

Falam sempre no intervalo. Tudo o que é grave acontece no intervalo, na fenda, na ausência, na fissurra, no reparo, na ruptura, na obliteração....A fala do medo dos que não têm uma consciência. Uma consciência. Podem os homens, Lola, ter múltiplas consciências...mas como acordam sobre a imperfeição do Uno?

À tona de mim a “Minhota” e o meu lambarisco de whisky Sbell enceto novos procedimentos ético-estéticos, numa épica pessoal, em transformação.

Lembro-me de mim no deserto entre pedras do mar, calhaus rolados, e a Welwitchia Mirabilis com um cantil de leite e café a tiracolo, sem perturbação das mordidas dos lacraus e indo ao ponto em que me perco no fim da memória como também da primeira polução nocturna. Uma parcela inegável de prazer e ausência... do espaço, da cor do rio seco e do revoluto mar salgado e quente qual líquido do ventre de mulher... e ainda assim, dos dias azuis, como os olhos cerúleos da Lola. Penso em Velimir Khlebnikov

Neste dia de ursos cerúleos
a correr sobre cílios tranqüilos
transvejo para além da água azul
o acordar na taça das pupilas./ Na colher de prata de olhos latos
vejo a procelária em mar sonoro
e ao largo vai a Rússia dos pássaros
transvoando entrecílios ignotos. /Marventoso em celamor soçobra
a vela de alguém na azul esfera,
e eis que o desespero tudo engolfa
trovão e porvir de primavera.
(1918) - (Tradução: Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman)


Escrevo, em Porto Alexandre em 1972: como gosto incontextuadamente da cultura extasiada belo brilho efémero dos “olimpianos” pós-modernos, duma partilha das experiências fundamentais do riso, da catarse e da poética pela sociedade de massas, como sugere o teórico da recepção, H.R. Jauss. Parece que nasci adulto, a pensar. Minto a mim mesmo não tinha idade para escrever isto... e para o pensar?

Somente te digo, Lola que não te esqueci desde que me mordeste...para me consolar. Guardo esta escariação da infância. E a queda brutal da janela do primeiro andar na Escola Primária 56. Durante 3 horas não assumi o fôlego da fala. Não da da fala poética torguiana. Nem sabia onde morava o Otorrinolaringologista da minha terra. Creio que foi o melhor Nobel que não tivemos e o que tivemos foi um frio estaliniano que me fez percorrer de horror a coluna vertebral....Rachmaninov, Schumann, Beethoven.... Nada não tugia nem mugia. Uma beleza ímpar dos rios de areia e uma consolação tépida do útero da terra. Bernardino Freire de Andrade, meu irmão pernambucano, contigo re-nasci em 1875 de casaco branco e calças de menininho bom e cara triste,.... Para mim fora o primeiro contacto lancinante com a moda do Western Spaghetti ali a dois passos... no cine-teatro Moçâmedes. Os ódios e as assombrações, todos esses sentimentos da infância que me perseguem, como o vinho avinagrado. Como me marcou a bosta do boi montalegrense, barrosão, ou a errância de Edmond Fleg. A vida é uma espécie de thriller policial. O fio condutor da vida consiste numa série de crimes ajustados à letra cometidos ao longo do conta-quilómetros estragado, ensinou-me o grande mestre Quentin Tarantino... Estes crimes misteriosos, persistirão até o último capítulo, que tu não conheces, porque és um livro, sujo ou indecifrável, dentro de livros. Uma obra aberta, como a de Umberto Eco, esse cow-boy da semiótica, em que nada se conclui, criador duma visão trágica do mundo, marcado pelo eterno retorno, do homem de Pforta, passagem e circularidade, por uma inspiração nietzsheana e cabalística. Bem-haja. Bang-Bang!

Um elemento que eu mal toquei, Lola, é o humor da vida. O diálogo é algo útil, e algum dele ecoa na grande literatura numa forma moderna, profana, como a de Gabriela Llansol ou Stefan Zweig que nos diz em Jeremias que ninguém vela, ninguém a não ser eu - ele (Zedekia). O diálogo é a contra-encosta do vinho! Vinho, acrescenta Zedekia, dá-me vinho! Eu digo o mesmo...
Elimina os ídolos, Lola; os gurus quebram tabus. Os teus seios estiveram permanentemente sob o meu crivo do silêncio e da interdição, até um dia. As nossas cenas cegas concernentes à sensualidade foram sempre dissimuladas, entre o Lápis e a borracha entre a escrita e a borragem, entre o frenesi e o karma penetrante. Entre o teu sorriso vertical abstracto e loucura da normalidade dum futuro que anula o presente. Uma concessão autorizada pelas regras do (neo)liberalismo, do consumo e do hedonismo quotidiano.
A minha escola branca, e da Dilva, de casuarineiros estimulava-me, como sabes... um tipo de resistência contra a intolerância, lugar de convivência simpática entre os indivíduos de etnias diferentes, conforme se projectava na dimensão cultural, realizava-se também, na dimensão do mundo vivido. Este creio, foi o meu primeiro contacto com a fenomenologia de Mérleau-Ponty. A carne como casamento à felicidade futura e meio de consciência, da senciência....Poesia e música excelente, o teu sabor e a percepção do teu peso insustentável na minha memória fálica. Percebi que as emoções, os afectos, o pathos, as formas de atracção ou repulsa cruas representadas na escola e no seu teatro, também nos WC’s, Lola, como as formas primais do amor e do ódio. E tu eras quase nada. O avesso por momentos, antes do fecho deste livro, como a música de Paco Bandeira, de mim, ainda assim. Tens beleza, tens doçura, que mistério tens no olhar ...Mas, há sempre um motivo, que me faz voltar atrás...

Tuesday, August 22, 2006

Parashá Shoftim

Rabino Aron Tendler

Note: The Shabbos Torah Reading is divided into 7 sections. Each section is called an Aliya [literally: Go up] since for each Aliya, one person "goes up" to make a bracha [blessing] on the Torah Reading.


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1st and 2nd Aliyot: Moshe details the most important characteristics of a Judge: the ability to remain objective and the strength to refuse bribery. The singular focus of the Shofet must be to carry out the will of G-d as detailed in the Halacha. Nothing must deter him in carrying out his mission of justice.


Idolatrous practices must be eradicated and punished. Idol worship represents the greatest perversion of justice by replacing divine justice with human failings and desires.


The Sanhedrin is our direct link with divine intent, and as stated in Pasuk 17:11, we view the rulings and interpretations of the Supreme Court as G-dly directives.


Our Monarch must be selected for his unyielding commitment to G-d, Torah, and the people. This is why he must write his own Sefer Torah and carry it with him at all times. He must be first and foremost a Shofet, a Judge.


3rd and 4th Aliyot: Moshe again addressed the place of the tribe of Levi,reemphasizing the care and attention due to them by the rest of the nation. They are our teachers. Without their instruction we will neither understand or be able to properly apply justice.


5th Aliya:For justice to exist, it must be accepted as a divine ruling.Only G-d's justice can be trusted to take into account all variables and possibilities. Moshe instructed his nation regarding the true Navi - prophet and the false prophet. No other forms of divination can be used to ascertain G-d's justice, and all false prophets and methods of divination must be destroyed. The value of human life is determined by our system of justice, and Moshe reviewed the laws of the unintentional killing in contrast with the intentional murder.


6th, and 7th Aliyot: The end of Parshas Shoftim discusses both proper and falsewitnesses, as well as the Torah's approach to warfare. It may be that the judicial quality of a nation can be ultimately assessed by its behavior during war, more so than during times of peace.


The Parsha concludes with the unique mitzvah of the Eglah Arufa and the process through which the community takes responsibility for the unsolved murders. This ceremony, which reflects the priceless value of life, might be the most eloquent expression of G-d's judicial system.


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Haftorah Shoftim
Isaiah 51:12-52:12


G-d, speaking through Yishayuhu the Navi, contrasts the situation of Israel while in exile to the way things will be at the time of Her redemption. In many ways it continues the Parsha's theme of justice. "...Behold I took from you the cup of weakness... and I will place it into the hand of those who cause you to wander..." (51:22-23) Ultimately, Israel will be returned to the Land and our oppressors will be punished.


In the last section of the Haftorah (52:7-9) the Navi prophesies the coming of Eliyahu Hanavi who will herald the arrival of Mashiach and the rebuilding of Yeruyshalayim. "How beautiful are the feet of the herald on the mountains announcing peace, heralding good tidings, announcing salvation..."


Our soon to be announced redemption is the greatest consolation that G-d could offer his children.

Jerusalem – La Ciudad del Presente:

Aliza Moreno Goldschmidt



Entrevista con el Alcalde de la Capital - Uri Lupoliansky

Jerusalem, además de ser una ciudad hermosa, cuna de varias religiones y capital de Israel, es una de las ciudades más complejas que existen actualmente. Golpeada por el terrorismo, anhelada por varias naciones, admirada por la comunidad internacional, amada por sus habitantes.
Estar a la cabeza de esta capital eterna es sin lugar a dudas un serio desafío, el cual requiere no sólo de una gran visión urbana, sino también de un profundo entendimiento de sus variantes sociales y un corazón perceptivo que sepa manejar las sensibilidades que se encierran en esta pequeña zona del globo terráqueo.

Uri Lupoliansky, alcalde de Jerusalem desde junio del año pasado, parece gozar de todas las características necesarias para cumplir con esta difícil labor a cabalidad. Tras un impresionante aporte a la sociedad israelí gracias a su función de maestro, fundador de la principal organización de beneficencia en el país “Iad Sara” y varios años al servicio de la alcaldía, hoy ocupa con un gran entusiasmo la prestigiosa función de alcalde de la capital.
Con ocasión del “Día de Jerusalem” publicamos una entrevista con el alcalde Lupoliansky.
P: Actualmente, ¿cuáles son los desafíos principales que debe enfrentar el alcalde de la capital israelí?
R: Pienso que hay tres temas centrales. El primero, Jerusalem es una ciudad con una variedad muy grande de población, no sólo por el hecho que residen judíos, árabes y cristianos, sino que también dentro de la población judía hay una gran multiplicidad de público, de distintos orígenes y tendencias ideológicas. En este sentido, es de gran importancia velar por que cada uno pueda vivir su vida sin agredir la vida del otro. Hay que cuidar la tolerancia entre los distintos grupos porque si hay guerra, todo el resto es en vano. Por el contrario, si hay paz, se pueden hacer muchas cosas. El segundo tema es "devolver la ciudad a sus habitantes". Jerusalem es una ciudad hermosa. Hay que preocuparse por que sea una ciudad más limpia, que su aspecto sea más pulcro, que hayan parques de juego, flores. Que sea un placer estar en la ciudad.
Tercero, hay que incentivar e invertir en la economía de la ciudad. No es sencillo, especialmente en una época tan difícil a nivel económico para el Estado de Israel y cuando el turismo, que es la base de Jerusalem, esta todavía muy débil. Pero ya se ve la luz al final del pasillo. Yo espero que si tenemos éxito en estas tres cuestiones Jerusalem será una ciudad que todo el mundo querrá tener parte en ella.
P: El primer punto que usted menciona se refiere a la coexistencia de los distintos grupos en Jerusalem. ¿Cómo se lleva a cabo este difícil paso?
R: Sin lugar a dudas hay que manejar el tema con mucho cuidado. Porque cada cosa en Jerusalem tiene un significado especial. Primero que todo uno mismo tiene que dar el ejemplo. No hay que esperar que hayan problemas, sino que hay que preocuparse para dar a cada parte de la población, a cada grupo, lo que esta necesita, pero preocupándose por no agredir a los otros grupos. La convivencia puede manifestarse cuando un grupo vive al lado del otro, no necesariamente uno dentro del otro. Para dicho fin se necesita una buena programación y una visión adecuada. No es sencillo, pero es posible.
P: Desde su perspectiva, ¿cuál fue el principal aporte del anterior alcalde de la ciudad, Ehud Olmert? ¿En qué sentido es usted continuador o innovador?
R: Ehud Olmert trabajó mucho el tema infraestructural del la ciudad. En este sentido se realizaron proyectos fuera de serie; se construyeron nuevos conductos de agua y residuos, se construyeron túneles y carreteras nuevas. Se hicieron cosas muy importantes para el futuro y el desarrollo de la ciudad. Naturalmente, cuando uno se ocupa mucho del futuro, el presente se deja un poco a un lado. Por mi parte, continuo con las labores infraestructurales, pero de un modo menos intensivo, y de una manera más activa trabajo el tema del cuidado y desarrollo de la ciudad – la ciudad en el presente.
P: ¿Cuáles han sido los aportes más significativos durante estos meses de función como alcalde de Jerusalem?
R: Las labor de un alcalde no se puede medir en meses. Sin embargo yo creo que se han desarrollado las tres áreas mencionadas anteriormente. Una de las cosas que yo quiero lograr se refiere al ámbito humano. Hay que mejorar el servicio por parte de la alcaldía – mejorar la actitud, la disponibilidad. Dicen que ya se ve la diferencia. Va a tomar un poco más de tiempo, es un sistema entero, pero estoy convencido que con un trabajo sistemático lo conseguiremos.
P: Respecto al público árabe que reside en Jerusalem, ¿cree usted que son ciudadanos fieles? ¿Reciben igualdad de derechos y oportunidades en la ciudad?
R: Yo creo que los residentes de Jerusalem oriental son parte integral de los habitantes de la cuidad. Hay un problema histórico, especialmente si nos referimos a los pueblos árabes en Jerusalem oriental, que se remonta incluso a la época de gobierno turco, británico y jordano. No se desarrollaron las infraestructuras básicas. Esto obviamente genera una gran dificultad para suministrar todos los servicios que ofrece una ciudad occidental organizada. Hay que hacer todo el esfuerzo. En cuanto a esta cuestión, como alcaldía, hoy nos es muy difícil anular la brecha existente. Por lo tanto presenté una solicitud al gobierno para que nos ayude a superar las diferencias en infraestructuras, alcantarillados, agua, carreteras y educación. Creo que eso es lo correcto, es lo necesario. Se que aun no llegamos a una situación de igualdad y si el gobierno no se compromete a ello – lo cual es su obligación – me temo que no llegaremos en los próximos años a una igualdad de condiciones, como debería ser.
P: ¿Cómo ve usted la coexistencia entre judíos y árabes en Jerusalem?
R: Creo que la grandísima mayoría de los residentes árabes de la ciudad quieren vivir en paz y armonía, ocuparse de sus negocios y convivir con los judíos. Yo no creo que lo correcto sea que vivan unos dentro de los otros, creo que deben vivir unos al lado de los otros. Pero es posible vivir y desempeñarse en una ciudad donde hay distintos grupos de habitantes, así sean muy diferentes, mientras que exista la cooperación pacífica. Creo que es posible y es lo correcto. Una de las pruebas es que aunque Jerusalem ha sido uno de los principales focos del terror, ningún residente de la ciudad ha tomado parte alguna. Yo creo que esto es muy significativo.
P: ¿Qué opinión le merece la posibilidad de dividir Jerusalem tras un futuro acuerdo político con los palestinos?
R: Yo ven en Jerusalem una ciudad especial y entera en la cual, como dije anteriormente, pueden vivir los distintos grupos, uno al lado del otro, judíos y árabes. Yo no veo ninguna posibilidad de dividir Jerusalem, no sólo que no es correcto a nivel nacional judío, tampoco es correcto a nivel urbano. Si le preguntaran a cualquier profesional entendido en organización urbana si es posible dividir la ciudad, se reiría. Es imposible y no corresponde. Jerusalem está construida de un modo específico, es una ciudad edificada sobre colinas, su bastimento urbano tiene un significado, no se puede de pronto dividir por la mitad. No existe ninguna razón en el mundo que pueda justificar la división de la ciudad. Tampoco el tema nacional ¿Quieren construir una capital palestina? ¿Quieren llamar a esta capital Jerusalem? Hay suficiente espacio alrededor, que construyan una nueva ciudad que se llame Jerusalem. No hay diferencia si es aquí o allá. Pero Jerusalem puede ser sólo una ciudad.
P: En la época de las elecciones municipales se hablaba mucho del hecho que usted pertenece a la corriente religiosa ultra ortodoxa. ¿Cómo explica que dichos rumores se calmaron? ¿La gente se acostumbró o descubrió características suyas que no conocía?
R: Yo considero que las personas, los residentes de la ciudad, son de naturaleza mucho más inteligentes que los políticos y quienes hacen los titulares de prensa. La realidad demostró que el 52% de los votantes de Jerusalem me eligieron. Es decir, ellos no se dejaron llevar por el escándalo. Publicistas y políticos intentaron hacer de este hecho un tema, pero la mayoría como buenos ciudadanos de una sociedad pluralista y sana, no se fijaron si tenía kipá o no, o cuales son mis ideas personales, sino si era una persona confiable y cuál ha sido mi aporte a la sociedad. A fin de cuentas podemos ver que eso es lo que determinó. Por lo tanto, yo no creo que ese era la sensación, sino la incitación. Yo reconozco que hubo personas que tenían sus dudas, pero es a causa de falta de conocimiento.
P: ¿Cómo influye en su trabajo el hecho que ud. es una persona religiosa?
R: Yo creo que la influencia de este hecho es más positiva que negativa. Se manifiesta en temas humanos, en la capacidad de entendimiento de otras posiciones, de otras religiones que existen en la ciudad. Creo que las ventajas superan a las desventajas.
P: ¿Qué esfuerzos diplomáticos se están llevando a cabo para conseguir el reconocimiento internacional de Jerusalem como capital de Israel?
R: Puede que me equivoque, pero yo no creo que exista ningún otro país en el mundo que tenga su capital y la comunidad internacional no la reconozca. Después de la guerra de independencia la ciudad estaba dividida y tampoco entonces los países del mundo reconocieron a Jerusalem como capital de Israel. Había una parte judía y una parte árabe, y no la reconocieron. Creo que es algo anormal e ilógico. En mi opinión los Estados Unidos comenten un error al no trasladar su embajada a Jerusalem. Jerusalem es la capital de Israel les guste o no les guste. En el momento que los Estados Unidos rompa el círculo y traslade la embajada, muchas otras seguirán su ejemplo.
P: ¿Qué opinión le merecen los nuevos inmigrantes sudamericanos?
R: Son cultos, sociables. Son personas muy cálidas. Yo aprecio mucho la aliá sudamericana. Hay personas que todo el tiempo se están quejando. Por el contrario, los latinoamericanos en general vienen, trabajan duro, son productivos, activos y se siente parte. Obviamente no puedo decir que los conozca a todos, pero aquellos que conozco son muy cooperativos.

Friday, August 18, 2006

Conto de Verão

A primeira bruxa

Paulo Ferreira da Cunha

Palácio de Cristal

A minha infância teve uma idílica rotina que me deixou livremente crescer e transgredir, com a certeza de que, no fundo, tudo seguiria o mesmo ritmo. Era um ritmo de afectos seguros, de lugares certos, de pessoas conhecidas, de eventos sabidos, sazonais. Um desses eventos, e prolongado, era a chamada “feira popular” no Palácio de Cristal. De popular reflicto agora que tinha o nome, porque era afinal muito selecta: naturalmente selecta, pois ninguém era impedido de entrar. Mas essa questão sociológica é problema menor na trama literária, e não vindo ao caso num inocente conto de verão, que é crónica do passado. Curioso como crónica pretérita se volve em conto actual.

Era então um tempo em que a cidade se enrolava já de sol, que ia em crescendo, até chegar a época plena da praia – em que o calor e a luz explodiam, permitindo-me finalmente a autorização familiar de ingestão de gelados. Ritual profundo e complexo, de corpo e de espírito, pois cada sorvete vinha então acompanhado de uma miniatura de plástico de algum dos meus heróis da banda desenhada, desde logo o Tim Tim e seus amigos e oponentes. Como a banda desenhada correntemente lida então (essa, e muito a série Black & Mortimer, um pouco mais tarde) era mesmo formativa, ingeria-se a um tempo frescura e simbólica promessa de cultura.
Uma preparação do verão de praia (e doce intróito de férias) era esse passeio público do Palácio, de árvores e banquinhos, com barraquinhas a bordejar a avenida. Das Tílias, se chamava. E para as emergências lúdicas face a essa promenade mais adulta, que parava em esplanadas e se perdia gostosamente em conversas, tão fin-de-siècle de século já passado, tão burguesmente portuense, para as emergências pueris havia um parque infantil.

Começara por ter até patinagem – mas depois limitou-se a escorregões que me pareciam altíssimos, baloiços que me levavam às alturas, e uma roda mágica de cavalinhos, em que me sentia mesmo cavaleiro – cirandando veloz ao ponto de ficar com inspiradas tonturas.

O Cavalinho Azul

A roda dos cavalinhos era caprichada; uma peça de museu ao ar livre: havia equídeos com personalidade, de cores próprias e arreios específicos. Nunca gostei dos luxosos brancos, nem dos tristonhos castanhos; hesitava em montar os negros, misteriosos e altivos… Acho que imaginariamente ia aos céus num inexistente cavalo azul, que eu re-pintava, como é permitido aos meninos fazerem, com pincéis de pura imaginação.Vi mais tarde a decadência dessa roda de cavalinhos, e não vo-la conto. Foi nesse tempo cinzento, em que não mais é permitido montar pégasos azuis. Só voltei a ter um Pégaso no quarto dos meus filhos. Mas já não era azul… A cor era já deles, qualquer que tenha sido a do brinquedo que comprei.

Férias mesmo Grandes

Voltemos ao enorme verão de todos os verões, antes e depois de grandes praias e termas, nesses anos da Idade do Oiro, em que as férias eram mesmo grandes (de Junho a Outubro, na verdade). Que inveja deveriam ter as crianças e os jovens de hoje, crianças presas em escola sem graça e sem saber, caserna / fábrica antecipada… E, mais triste: desconhecendo como era a vida antes, jamais sairão da caverna, sem reivindicarem o direito a sonhar e a viver… como nós vivemos. Desçamos ao concreto. Acontece que as crianças sadias comem. Gostam de comer. É seu privilégio não se preocuparem com colesterol e glicose, tensão arterial e ácido úrico (hoje é que exageram). Nessa altura, comia-se com a inocência de Adão no paraíso: ele havia os lanches, de chocolate coma-com-pão, groselha, ou sumol…ou o tentar a fortuna com os “furinhos”.

Sorte aos Chocolates

Os furinhos eram um ritual solene e grave. Uma caixa de madeira pintada normalmente de vermelho, contendo uma rede de múltiplos círculos desenhados em cartões amovíveis, convidava-nos ao jogo. Risco, mas sempre com rede. Por um preço que hoje desafia a imaginação – baratíssimo, apesar da inflação: creio que entre vinte e cinco tostões e cinco escudos ou pouco mais (números com sabor de moedas arcaicas hoje) – podíamos perfurar um círculo desses, com um estilete de aguçado ar sinistro – como convinha – caindo na parte inferior da caixa, numa janelita de todas as esperanças, uma bolinha de cor verde, amarela, azul, vermelha ou doirada, que correspondia à magnitude e qualidade do chocolate ganho. Saíam-me normalmente azuis e vermelhos, prova da minha sorte moderada. Mas eram uma delícia dos deuses. Minha Mãe um dia ganhou um doirado: coube-lhe assim uma engalanada caixa de bombons, bela prenda pelo preço, mas maus bombons em absoluto. Vicissitudes dos jogos de azar!

Idade do Oiro

Era contudo um tempo sem azares, um tempo em que brincávamos sem medos. Talvez ingenuamente, mas… se há-de ser esse o preço da felicidade!?... Não sei. Hoje, como convém à minha idade e condição, acho que mais vale sofrer e lutar lucidamente. Pensamos o que convém que pensemos em cada momento? O que menos nos dói? Ou, simetricamente, o que, tudo pesado, provoca mais prazer? Talvez Bentham o explicasse. Eu não. Menos ainda num conto de verão.

Então era diferente. Não havia predadores escondidos, bandidos encapuçados, nem roubos, nem violações, e mesmo os suicídios eram censurados das notícias dos jornais. Para uma criança, mais poupada ainda a tudo, não havia ali senão pessoas de bem. Claro que nos diziam para não acompanhar gente grande que se abeirasse de nós, e insistiam que não aceitássemos guloseimas, creio que já com medo de serem potencialmente drogadas: mas era uma precaução platónica. Droga era coisa de vaga importação, e nem sequer explicitamente mencionada. Não se conheciam raptos nem viciamentos no parque – e mesmo fora dele tudo isso era coisa do estrangeiro. Mesmo os tradicionalmente liberais e democratas portuenses, em política ferrenhamente do contra, tinham feito no quotidiano a vontade ao ditador, e viviam mesmo habitualmente. Até numa família muito politizada como a minha (tivemos a casa cercada, meu avô não escapara à prisão política, na temível PIDE), uma coisa era o sal da política, e outra esse sol quotidiano, sem sombras, sem pecados, sem crimes, sem sobressaltos. E contudo comia-se oposição ao almoço e ao jantar.Vamos à pequena trama, que não quero quedar por drama estático e acto único.

O Uivo da Bruxa

Um Verão, não sei que idade teria, mas era pequeno, naturalmente atraído pelas coisas do oculto, atrevi-me a entrar na tendinha de uma bruxa. Havia disso no parque, sim senhor. Prova de que ao poder de então não fazia mossa alguma o que deveria considerar como tolerável crendice popular. Decerto à mistura com alguma ironia. Ironia e condescendência podem ir de par. A ironia é sinal de inteligência, e a inteligência, quando é fanática, a si mesma se nega. Coisas em que os “fundamentalistas” teriam a aprender com alguns “fascistas” – sejamos justos. Mas isto não se diz num conto de Verão. Não leiam, por favor.

Pois lá estava a bruxa. Era uma barraca que sobressaía de entre todas, não só porque no exterior pretendia denotar esoterismo pela aparência – esse esoterismo barato que se contenta com luas, sóis e estrelas certamente pintadas sobre um fundo azul-escuro –, como ainda pela sua localização: em local penumbroso pela maior profusão de árvores meio desalinhadas, bem ao fundo da Avenida das Tílias.

Foi uma experiência brevíssima, mas decisiva. Eu era pequeno, lembro-me. Pequeno, curioso, irrequieto, como convém que seja o futuro investigador… Entrei, resoluto e intrigado, que é mistura de atitude hoje pouco em voga, porque ora quase só se intriga o tíbio e se resolve o bruto. Naquela altura, e sendo criança, poderia experimentar as duas coisas a um tempo.
Privilégios de infâncias. Logo me foi dado ver, pelo velado de uma cortina translúcida, um vulto de mulher sem idade, creio que com um turbante ou um lenço. E não cheguei a aproximar-me do santo dos santos. Logo um portentoso vozeirão rouco grunhiu um repelão que me fez retirar, às arrecuas, correndo. Nunca mais entrei em barraquinha de bruxa. Pergunto-me ainda hoje a razão de aquela mulher solitária, sem clientes, ter repelido assim um miudinho (admitamos, ao menos ficcionalmente, que simpático), o qual lhe iria fazer perguntas naturalmente ingénuas. Seria hábito? Muitas crianças se atreveriam por aqueles ignotos domínios? Aquele uivo, certamente relatado depois aos mais velhos, pelo pânico dos intrusos, dar-lhe-ia mais fama e mais freguesia? Ou estaria apenas enfadada e teria querido divertir-se pregando um susto? Era a sua fama que estava em causa? Uma bruxa que se preze deve proceder assim? Haveria na época já venerável Ordem das Bruxas, ou respectivo Sindicato com norma deontológica imperativa impondo aquele tratamento, quiçá até violador dos direitos das crianças? Ou, pelo contrário, não terão as crianças consuetudinário direito a bruxas más, que as assustem como deve ser? Não sei, realmente não sei. Desde Jean Bodin que os juristas não estudam a sério o problema…Mas foi uma bela de uma experiência, até para mim, que sou mais adepto da simulação virtual ou do modelo lógico que da experimentação no terreno (é que esta, no limite, pode ser fatal).…que las hay!

Aquela bruxa sem graça e sem grande história seria afinal decisiva porque, no fundo, passado o impacto, acabou por me não assustar com o seu berro. Deixou-me, isso sim, mais perplexo. Quiçá se tivesse conversado comigo, ela teria quebrado o sortilégio. Por ela, certamente, continuou a minha sedução pelo mistério… e pelas bruxas de verdade. Porque que las hay, hay… Só mais tarde me daria conta de seus veros prodígios.