Monday, July 16, 2007
Em nome da superioridade...
Paulo Frederico F. Gonçalves
O racionalismo das Luzes, no século XVIII, desmoronou as filosofias apoiadas no providencialismo divino. O vazio deixado pela ausência de Deus foi preenchido de diversas formas, nos tempos que se sucederam. Os filósofos e publicistas, apoiados nos factos da História, desenvolveram ideologias novas, assentes nas relações sociais que a revolução industrial criava.
O operário opôs-se ao burguês, o curso dos acontecimentos passa a determinar-se pela dialéctica da luta de classes, em direcção a um determinado fim, que para os socialistas se alcançava com a vitória do proletariado sobre os detentores do capital. A fraternidade de classe subjacente ao comunismo preenchia o vazio deixado pela ausência de religião. O sentimento era o mesmo, mudou simplesmente de nomes e de agentes. Leia-se, por exemplo, "Mãe", de Máximo Gorky. No seu princípio orientador, a filosofia marxista assenta em valores cuja benignidade é indiscutível.
O mesmo não acontecia com outras ideologias que entretanto começavam a surgir no pós-Grande Guerra. Quer o nazismo alemão quer o fascismo italiano regulam os seus valores pela superioridade de uns sobre outros, alicerçando esta superioridade pelas qualidades inatas de um povo sobre os demais. Com o fascismo e o nazimo, o indivíduo não existe a não ser enquanto parcela de um todo nacional e em oposição a outras identidades de cuja destruição depende a realização da raça superior. Assim aconteceu com os judeus na Alemanha. A solução final deu origem a uma nova palavra: "genocídio" - assassínio de toda uma raça portadora de genes destrutivos para a instauração do homem ariano. Com os fascistas e os nazis, surge uma nova justificação para matar. Entre todas as existentes, a mais injustificável.
O egoísmo e confrontação nacionais, o totalitarismo político, social, cultural e mental são a fórmula encontrada para subtrair ao homem a liberdade que lhe confere a essência da sua humanidade. Não negar o Holocausto não é uma questão de opinião, é um princípio básico de decência e de índole fraterna.
O racionalismo das Luzes, no século XVIII, desmoronou as filosofias apoiadas no providencialismo divino. O vazio deixado pela ausência de Deus foi preenchido de diversas formas, nos tempos que se sucederam. Os filósofos e publicistas, apoiados nos factos da História, desenvolveram ideologias novas, assentes nas relações sociais que a revolução industrial criava.
O operário opôs-se ao burguês, o curso dos acontecimentos passa a determinar-se pela dialéctica da luta de classes, em direcção a um determinado fim, que para os socialistas se alcançava com a vitória do proletariado sobre os detentores do capital. A fraternidade de classe subjacente ao comunismo preenchia o vazio deixado pela ausência de religião. O sentimento era o mesmo, mudou simplesmente de nomes e de agentes. Leia-se, por exemplo, "Mãe", de Máximo Gorky. No seu princípio orientador, a filosofia marxista assenta em valores cuja benignidade é indiscutível.
O mesmo não acontecia com outras ideologias que entretanto começavam a surgir no pós-Grande Guerra. Quer o nazismo alemão quer o fascismo italiano regulam os seus valores pela superioridade de uns sobre outros, alicerçando esta superioridade pelas qualidades inatas de um povo sobre os demais. Com o fascismo e o nazimo, o indivíduo não existe a não ser enquanto parcela de um todo nacional e em oposição a outras identidades de cuja destruição depende a realização da raça superior. Assim aconteceu com os judeus na Alemanha. A solução final deu origem a uma nova palavra: "genocídio" - assassínio de toda uma raça portadora de genes destrutivos para a instauração do homem ariano. Com os fascistas e os nazis, surge uma nova justificação para matar. Entre todas as existentes, a mais injustificável.
O egoísmo e confrontação nacionais, o totalitarismo político, social, cultural e mental são a fórmula encontrada para subtrair ao homem a liberdade que lhe confere a essência da sua humanidade. Não negar o Holocausto não é uma questão de opinião, é um princípio básico de decência e de índole fraterna.
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