Saturday, November 04, 2006
Falando do que a imprensa internacional costuma ficar calada
Aliza Moreno Goldschmidt
Assim é a imprensa sensacionalista e o populismo. São muito mais fotogênicos os supostos abusos contra gente desamparada que a ajuda incondicional às pessoas realmente necessitadas.
É isto justamente o que acontece no caso de Israel e sua imagem internacional. Nunca é demais escrever mais um artigo para demonstrar o assassinato publicitário que ocorre diariamente contra o direito de existência e autodefesa do Estado de Israel. Os meios de comunicação mundiais dedicam praticamente uma coluna fixa em seus títulos, para informar (ou desinformar?) sobre o menor dos movimentos do governo e do exército israelense, e sua atuação frente às autoridades e população palestina.
Mas não é minha intenção, nesta ocasião, colocar em julgamento a objetividade desses informativos. Pelo contrário, hoje quero dedicar o espaço para referir-me ao silêncio, àquilo que não se diz sobre a atuação de Israel no âmbito internacional.
Por trás de uma imagem errada de Israel conquistador e cruel, esconde-se a verdadeira realidade de um país e de uma sociedade dispostos a ajudar nas circunstâncias mais difíceis — inclusive a seus inimigos por excelência. Para Israel, seu alto desenvolvimento tecnológico nas distintas áreas, sua experiência em assuntos como resgate e a grande qualidade humana com a que conta, são também oportunidades para estender a mão ao próximo em seus momentos de crise.
Pouco se sabe a respeito, mas Israel sempre que há necessidade, se faz presente em missões humanitárias praticamente em todo o mundo, graças às quais muitas vidas foram salvas e outras tantas recuperadas.
A ajuda humanitária que Israel envia a todo o mundo é uma constante no comportamento de sua sociedade. Por exemplo, nas últimas semanas Israel se fez presente na África e na América do Sul. Segundo o informe de Itamar Aichner, do jornal Yediot Achronot, três médicos israelenses estiveram prestando seus serviços aos refugiados do Sudão no Chade. Os médicos tiveram que manter sua identidade em segredo devido ao fato de Israel não manter relações diplomáticas com aquele país muçulmano. Em breve, uma delegação maior chegará ao lugar.
No domingo 1° de agosto uma enorme tragédia enlutou o povo paraguaio. Em sua capital, Assunção, houve um terrível incêndio num supermercado cujas conseqüências foi um saldo de 370 mortos. Israel enviou imediatamente médicos, medicamentos e elementos apropriados a Assunção para auxiliar os numerosos feridos. Dois cirurgiões plásticos israelenses se deslocaram para lá, com o propósito de oferecer ajuda médica às vítimas. Trata-se dos doutores Ymri Tamir e Eran Ben Meir, ambos do Hospital Tel Hashomer.
A ajuda que Israel faz chegar ao mundo provém de distintas fontes e instituições; desde o próprio exército israelense, até organizações de beneficência e instituições particulares. Inclusive há cidadãos que organizam seus próprios esforços para essa finalidade: ajudar no que estiver a seu alcance.
O exército israelense já levou a cabo várias missões muito importantes. Em janeiro de 2001 um terremoto deixou um saldo de mais de 15.000 vítimas no Oeste da Índia. O exército enviou cinco aviões com uma carga de 65 toneladas. Um sexto avião transportou um grupo de 170 voluntários, os quais se instalaram na cidade de Bhuj. Entre eles encontravam-se 27 médicos especialistas, 24 enfermeiras e outros tanto de assistentes médicos e para-médicos do Maguen David Adom (A Estrela de David Vermelha). O hospital israelense assistiu a mais de 1300 pessoas. Também na tragédia que arrasou a Turquia nos terremotos de 1999 Israel se fez mais que presente. Duas corporações israelenses chegaram ao local: uma de resgate e a outra, uma unidade médica. Durante a operação 12 pessoas foram resgatadas, 146 corpos retirados dos escombros e mais de 2.500 pessoas receberam tratamento médico (incluindo 22 cirurgias). De igual modo, o exército israelense desenvolveu seus melhores esforços em outras ocasiões como o terremoto na Grécia em 1999, o ataque à embaixada americana de Nairobi, Quênia, em 1998, o incêndio na Turquia em 1997, auxiliando os refugiados de Ruanda em 1994, o ataque à AMIA na Argentina em 1994, na Bósnia em 1992, o terremoto na República da Geórgia em 1991, a revolução na Romênia em 1989, o terremoto na Armênia em 1988, a erupção vulcânica em Camarões, em 1986, os terremotos do México em 1985, os refugiados dos campos no Cambodja, em 1979, e em muitas outras ocasiões e lugares.
Muitas são as instituições independentes que, em nome próprio, e como representantes de Israel, contribuem diariamente com as diversas necessidades das pessoas no mundo. Esse apoio é realmente incalculável, especialmente levando em conta a grande variedade e as formas de ajuda. Resgates, assistência médica, capacitação de profissionais, implementação de programas para desenvolvimento agrícola (inclusive no Brasil), são alguns de tantos exemplos.
A prática médica na Bulgária, Rússia e Bielorússia se viu beneficiada pelos esforços da Organização Judaica Internacional de Saúde, a qual envia constantemente profissionais médicos de primeira categoria, que instruem o pessoal local e realizam intervenções médicas. “Foi uma inesquecível experiência pessoal que cumpriu todos os objetivos esperados”, disse o professor Mervym Gotsman, ex-diretor do departamento cardiológico do Hospital Hadassa Ein Kerem, de Jerusalém, em uma entrevista a Judy Siegel-Itzkovich, do Jerusalem Post, após regressar de missão na Europa Oriental.
Irit Rabinovich e Yora Wasserman, duas jovens israelenses, estabeleceram-se no Malawi para implementar os programas de ajuda humanitária do CAP (Chembe Aids Project) que oferece assistência médica e trata de temas como desnutrição, educação e conscientização sobre a Síndrome da Aids.
Também na África pode-se encontrar o professor Dov Pasternak da Universidade Ben Gurion, que nos últimos cinco anos implementou um novo sistema de horticultura na Nigéria para capacitar e melhorar o duro panorama dos camponeses africanos. “Ninguém teria imaginado um professor, judeu israelense, junto a um camponês muçulmano africano entabulando uma amizade”, escreveu Nahum Finkelstein num artigo publicado em junho passado, a propósito desse projeto.
Esta nobre qualidade que tem caracterizado o Estado de Israel desde sua fundação tem-se manifestado tão inocente e pura que tem inclusive sofrido negativas de países inimigos que, por perplexidade, vergonha ou um ódio irracional que não alcança motivos, têm recusado a desinteressada ajuda israelense. O mais recente dos exemplos foi a denegação recebida depois do terremoto ocorrido no Irã o ano passado. Mas apesar da atitude daquele país, é inevitável sentir-se orgulhoso de pertencer a uma nação que nos momentos difíceis tem as melhores intenções de ajudar, inclusive ao mais feroz de seus inimigos.
Poderiam encher-se páginas inteiras fazendo referências a tantas organizações humanitárias e tantos exemplos heróicos, reflexo da benevolência de Israel, mas o espaço é pequeno e o importante é a mensagem: a verdadeira essência de Israel é muito mais nobre do que reflete a imprensa internacional e é nosso dever como judeus no mundo fazer conhecer esta verdade.
Tradução Szyja Lorber, do jornal Visão Judaica.
Assim é a imprensa sensacionalista e o populismo. São muito mais fotogênicos os supostos abusos contra gente desamparada que a ajuda incondicional às pessoas realmente necessitadas.
É isto justamente o que acontece no caso de Israel e sua imagem internacional. Nunca é demais escrever mais um artigo para demonstrar o assassinato publicitário que ocorre diariamente contra o direito de existência e autodefesa do Estado de Israel. Os meios de comunicação mundiais dedicam praticamente uma coluna fixa em seus títulos, para informar (ou desinformar?) sobre o menor dos movimentos do governo e do exército israelense, e sua atuação frente às autoridades e população palestina.
Mas não é minha intenção, nesta ocasião, colocar em julgamento a objetividade desses informativos. Pelo contrário, hoje quero dedicar o espaço para referir-me ao silêncio, àquilo que não se diz sobre a atuação de Israel no âmbito internacional.
Por trás de uma imagem errada de Israel conquistador e cruel, esconde-se a verdadeira realidade de um país e de uma sociedade dispostos a ajudar nas circunstâncias mais difíceis — inclusive a seus inimigos por excelência. Para Israel, seu alto desenvolvimento tecnológico nas distintas áreas, sua experiência em assuntos como resgate e a grande qualidade humana com a que conta, são também oportunidades para estender a mão ao próximo em seus momentos de crise.
Pouco se sabe a respeito, mas Israel sempre que há necessidade, se faz presente em missões humanitárias praticamente em todo o mundo, graças às quais muitas vidas foram salvas e outras tantas recuperadas.
A ajuda humanitária que Israel envia a todo o mundo é uma constante no comportamento de sua sociedade. Por exemplo, nas últimas semanas Israel se fez presente na África e na América do Sul. Segundo o informe de Itamar Aichner, do jornal Yediot Achronot, três médicos israelenses estiveram prestando seus serviços aos refugiados do Sudão no Chade. Os médicos tiveram que manter sua identidade em segredo devido ao fato de Israel não manter relações diplomáticas com aquele país muçulmano. Em breve, uma delegação maior chegará ao lugar.
No domingo 1° de agosto uma enorme tragédia enlutou o povo paraguaio. Em sua capital, Assunção, houve um terrível incêndio num supermercado cujas conseqüências foi um saldo de 370 mortos. Israel enviou imediatamente médicos, medicamentos e elementos apropriados a Assunção para auxiliar os numerosos feridos. Dois cirurgiões plásticos israelenses se deslocaram para lá, com o propósito de oferecer ajuda médica às vítimas. Trata-se dos doutores Ymri Tamir e Eran Ben Meir, ambos do Hospital Tel Hashomer.
A ajuda que Israel faz chegar ao mundo provém de distintas fontes e instituições; desde o próprio exército israelense, até organizações de beneficência e instituições particulares. Inclusive há cidadãos que organizam seus próprios esforços para essa finalidade: ajudar no que estiver a seu alcance.
O exército israelense já levou a cabo várias missões muito importantes. Em janeiro de 2001 um terremoto deixou um saldo de mais de 15.000 vítimas no Oeste da Índia. O exército enviou cinco aviões com uma carga de 65 toneladas. Um sexto avião transportou um grupo de 170 voluntários, os quais se instalaram na cidade de Bhuj. Entre eles encontravam-se 27 médicos especialistas, 24 enfermeiras e outros tanto de assistentes médicos e para-médicos do Maguen David Adom (A Estrela de David Vermelha). O hospital israelense assistiu a mais de 1300 pessoas. Também na tragédia que arrasou a Turquia nos terremotos de 1999 Israel se fez mais que presente. Duas corporações israelenses chegaram ao local: uma de resgate e a outra, uma unidade médica. Durante a operação 12 pessoas foram resgatadas, 146 corpos retirados dos escombros e mais de 2.500 pessoas receberam tratamento médico (incluindo 22 cirurgias). De igual modo, o exército israelense desenvolveu seus melhores esforços em outras ocasiões como o terremoto na Grécia em 1999, o ataque à embaixada americana de Nairobi, Quênia, em 1998, o incêndio na Turquia em 1997, auxiliando os refugiados de Ruanda em 1994, o ataque à AMIA na Argentina em 1994, na Bósnia em 1992, o terremoto na República da Geórgia em 1991, a revolução na Romênia em 1989, o terremoto na Armênia em 1988, a erupção vulcânica em Camarões, em 1986, os terremotos do México em 1985, os refugiados dos campos no Cambodja, em 1979, e em muitas outras ocasiões e lugares.
Muitas são as instituições independentes que, em nome próprio, e como representantes de Israel, contribuem diariamente com as diversas necessidades das pessoas no mundo. Esse apoio é realmente incalculável, especialmente levando em conta a grande variedade e as formas de ajuda. Resgates, assistência médica, capacitação de profissionais, implementação de programas para desenvolvimento agrícola (inclusive no Brasil), são alguns de tantos exemplos.
A prática médica na Bulgária, Rússia e Bielorússia se viu beneficiada pelos esforços da Organização Judaica Internacional de Saúde, a qual envia constantemente profissionais médicos de primeira categoria, que instruem o pessoal local e realizam intervenções médicas. “Foi uma inesquecível experiência pessoal que cumpriu todos os objetivos esperados”, disse o professor Mervym Gotsman, ex-diretor do departamento cardiológico do Hospital Hadassa Ein Kerem, de Jerusalém, em uma entrevista a Judy Siegel-Itzkovich, do Jerusalem Post, após regressar de missão na Europa Oriental.
Irit Rabinovich e Yora Wasserman, duas jovens israelenses, estabeleceram-se no Malawi para implementar os programas de ajuda humanitária do CAP (Chembe Aids Project) que oferece assistência médica e trata de temas como desnutrição, educação e conscientização sobre a Síndrome da Aids.
Também na África pode-se encontrar o professor Dov Pasternak da Universidade Ben Gurion, que nos últimos cinco anos implementou um novo sistema de horticultura na Nigéria para capacitar e melhorar o duro panorama dos camponeses africanos. “Ninguém teria imaginado um professor, judeu israelense, junto a um camponês muçulmano africano entabulando uma amizade”, escreveu Nahum Finkelstein num artigo publicado em junho passado, a propósito desse projeto.
Esta nobre qualidade que tem caracterizado o Estado de Israel desde sua fundação tem-se manifestado tão inocente e pura que tem inclusive sofrido negativas de países inimigos que, por perplexidade, vergonha ou um ódio irracional que não alcança motivos, têm recusado a desinteressada ajuda israelense. O mais recente dos exemplos foi a denegação recebida depois do terremoto ocorrido no Irã o ano passado. Mas apesar da atitude daquele país, é inevitável sentir-se orgulhoso de pertencer a uma nação que nos momentos difíceis tem as melhores intenções de ajudar, inclusive ao mais feroz de seus inimigos.
Poderiam encher-se páginas inteiras fazendo referências a tantas organizações humanitárias e tantos exemplos heróicos, reflexo da benevolência de Israel, mas o espaço é pequeno e o importante é a mensagem: a verdadeira essência de Israel é muito mais nobre do que reflete a imprensa internacional e é nosso dever como judeus no mundo fazer conhecer esta verdade.
Tradução Szyja Lorber, do jornal Visão Judaica.