Manuel Barreiro
COMO SE CHAMA O VENTO?
Que me importa se as balas/podem matar o meu corpo,/mas a minha alma não...
Se o vento estrangeiro/feroz e vadio sobre a minha terra sopra,/se lhe leva a poeira,/mas a minha Pátria não...
Se os lobos vizinhos/me devoram os anhos,/se lhes comem a carne,/mas não podem assimilar/e tornar-se melhores,/guardando no corpo da gula insaciável a paz e a ternura/que vivos eles tinham...
Que me interessa Chaverim,/se o meu inimigo/pode aprisionar-me as águias,/mas o céu delas não...nem aprender a voar...
Querer destruir-me/não é destruir-me/porque há coisas/que só podem ser minhas.
Afinal, Israel,/como se chama o vento/que espalha as areias/mas a minha Pátria não?
futuramente em Planalto IV
