Monday, June 02, 2008

Diáspora, Crise e Cooperação

André Moshe-Pereira
Pres. Kehillah Or Ahayim
Comunidade Judia Or Ahayim - Porto




Israel hoje claramente significa para nós uma performance ímpar em múltiplos domínios. Autores como A.B. Yehoshua ou Amos Oz são fascinantes e universais. Se quisermos ver o fenómeno numa escala mais global, e intemporal poderíamos evocar autores como Paul Auster ou Philip Roth, David Ricardo, Karl Marx ou George Soros, Albert Einstein ou Franz Kafka, Friedrich von Hayek, etc., e isto indica a forma como Israel está na área da cultura e da ciência, da economia e da política presente na diáspora. O Sr. Ministro do Bem-Estar e das Relações da Diáspora, Yitzhak Herzog tem aqui um papel exemplar a realizar dada a dimensão gigantesca dos judeus no mundo. Baste recordar alguns dos laureados do Nobel económico de ascendência ou de identidade judaica: Paul Samuelson (1970) Simon Kuznets (1971), Kenneth Arrow (1972), Wassily Leontief (1973), Leonid Kantorovich (1975), Milton Friedman (1976), Herbert Simon, (1978), Lawrence Klein (1980), Franco Modigliani (1985), Robert Solow (1987), Harry Markowitz (1990), Merton Miller (1990), Gary Becker (1992) Robert Fogel (1993), John Harsanyi (1994), Reinhard Selten (1994), Robert Merton (1997), Myron Scholes (1997), George Akerlof (2001), Joseph Stiglitz (2001), Daniel Kahneman (2002), Robert Aumann (2005), Leonid (Leo) Hurwicz (2007), Eric Maskin (2007), Roger Myerson. Cantores como, por exemplo, Sarahleh Sharon, Shuly Natahan ou Ofra Haza são de um nível excepcional.

A dança e o canto têm para nós em termos estéticos e do significado do mútuo caminho de comprazimento, missão e força e determinação numa alma unida.

Comemoramos os 60 anos do Estado Moderno de Israel. Mas não esquecemos que nos últimos 8 anos mais de 50000 Rockets Qassam, que têm causado um receio tremendo e grande ansiedade entre a população, e destruído a propriedade. Embora raros, vários habitantes foram feridos e mesmo mortos pelos ataques daqueles foguetões. Logo aí se verifica uma solidariedade imensa por exemplo da Keren B’Kavod, IRAC, ajuda humanitária e programas de acção social que encontraram voluntários disponíveis em todo o Israel com as famílias que vivem em S’derot e que têm filhos com necessidades especiais.

Além destes temas humanos que nos ligam infinitamente a Israel há outros que interessam à visão global e económica e que a nossa CCL-I tem em mente com os seus investidores potenciais.
Há razões para acreditar que o gigante económico do mundo está em crise, os EUA, onde o abrandamento dos preços das casas terá consequências mais severas do que nos outros países. Uma das razões, segundo George Soros, é a dimensão absoluta da economia dos Estados Unidos. Outro factor é o facto de, nos EUA, o aumento dos preços ter sido acompanhado pelo aumento do volume da construção, que levará tempo a estabilizar. Nos EUA as condições de crédito foram mais facilitadas do que em qualquer outro lado. A ordem mundial actual enfrenta problemas ainda não resolvidos: alguns desses como a proliferação nuclear e o aquecimento global, podem colocar em perigo a nossa civilização. Uma das soluções está na cooperação global maior do que aquela que hoje é possível. E Israel tem um papel chave desde sempre nestas questões quer pelo exemplo tecnológico e político e democrático inigualáveis e a pequenina CCL-I constitui no seu termo uma plataforma apreciável e cremos que inovadora para relançar novas ideias.
VIVA ISRAEL! Viva a CCL-I!