Saturday, April 26, 2008
Sobre a Shoah
Presidente Kehillah Or Ahayim
Ensina o rabino Adrian Gottfried que o Kadish, um poema aramaico que louva D-us, é uma das partes mais antigas da liturgia da sinagoga. É também uma das mais poderosas e duradouras. Datado do primeiro século, foi provavelmente recitado nas primeiras sinagogas fundadas depois da destruição do Segundo Templo em Jerusalém, no ano de 70 da e.c. As linhas centrais do kadish estão mencionadas no Talmud, que foi escrito e editado ente o terceiro e o sexto séculos. Fontes rabínicas antigas mostram o kadish associado com o estudo de textos sagrados – dizia-se na conclusão do estudo da Torá – mas a partir da Idade Média tornou-se relacionada com o luto. Em um certo ponto do serviço na sinagoga, o chefe da congregação sairia até onde os enlutados se encontravam sentados e diria kadish para eles. Mais tarde, eram os enlutados por si só que conduziam a prece. Em ocasiões de grande perda, a inclinação natural é questionar, rebelar-se, rejeitar e diminuir D-us. Mas a tradição conclama o enlutado não somente a louvar a D-us, mas conduzir outros neste antigo poema de louvor. “Yitkadal vey-itkadash shmei rabá”, começa. “Que Seu grande nome cresça exaltado e santificado para todo o sempre.” O Kadish foi escrito em aramaico, a língua popular dos tempos talmúdicos, assim seria compreendido por todos. Hoje, o aramaico quer dizer muito pouco para a maioria dos Judeus, mas as palavras, ritmos e respostas alternadas do kadish mantêm seu poder emocional A obrigação de recitar o kadish também empurra o enlutado para fora de sua casa e para dentro da comunidade em uma hora em que seria mais fácil se retirar e lamentar-se quietamente.
Foi o que fizemos celebrando a partir do Sidur completo, o Kadish, na ocasião da Inauguração de uma exposição da Autoria de Dr. Miguel Boura e do Professor Doutor Adriano Vasco Rodrigues, com a respeitosa diplomacia política do Presidente da Junta, Dr. Vítor Arcos. Antes um conjunto de crianças actuou musical e teatral e simbolicamente sobre o tema do 25 de Abril (Dia da Liberdade) e sobre o tema da exposição de Aldoar, uma freguesia do Porto Aí recitamos parte do Kadish como líder da Kehillah Or Ahayim – Comunidade Judaica Luz da Vida, do Porto, a propósito duma exposição brilhantemente conduzida pungentemente sobre o Holocausto e da memória de 6 milhões de iehudim nossos irmãos assassinados pelo Nazismo. A resistência nos ghettos e nos destacamentos durante a II Guerra Mundial e que perdurou no imediato Pós-Guerra em que actuavam sionistas destacados. Basta verificar os nomes e as filiações dos mais destacados comandantes, militares e ou intelectuais da resistência antifascista judaica na Europa Oriental: Mordechai Aniliewicz, Josef Kaplan, Arie Wilner do Hashomer Hatzair, Josef Lewartowski, e Itzik Vitenberg, Merek Edelman e Michal Klepfisz, Dr. Emanuel Ringelblum. Sionistas e outros resistentes apoiam a criação do estado de Israel – criação essa que genericamente simboliza a realização de um sonho milenar de volta à “Terra Prometida”, em parte eivada pela força da Haganá – Futuro Tsahal – contra os que embora diplomaticamente apoiassem Israel como Estado Moderno iam dilatando o seu reconhecimento. Esse reconhecimento pela comunidade Internacional tem agora, neste ano, 60 Anos: o Yom Haatzma’ut.
Nesse prospecto magnífico que acompanhava a exposição que continua até 10 de Maio no Salão Nobre Acácio Gomes -- escreve o Professor Adriano Vasco Rodrigues: “as perseguições transformaram-se em agressões a partir da Noite de Cristal (9-Novembro-1938), marcada, na Alemanha, pelo assalto a Sinagogas e lojas de comerciantes Judeus, quebrando montras e enchendo as ruas de estilhaços de vidros. Os Judeus, em seguida, foram enviados para campos de concentração. Na Polónia, ocupada pelos alemães, os nazis encerraram os Judeus em ghettos, bairros fechados, superpovoados, onde morriam por falta de condições. Finalmente os nazis procederam nos campos de morte à exterminação dos Judeus e também de outras minorias, entre elas os Ciganos. Auschwitz foi o mais célebre dos campos de concentração. No dia 19 de Abril de 1943 iniciou-se a revolta do ghetto de Varsóvia, reprimida a ferro e fogo. Escolhemos o dia 23 de Abril, deste ano, para organizar esta exposição. Os crimes dos nazis foram julgados e condenados pelo tribunal de Nuremberga como crimes contra a Humanidade, na esperança de que jamais se repetissem. Infelizmente os crimes de genocídio e de repressão ideológica não terminaram. Praticaram-se na URSS Staliniana, na China de Mao, no Camboja de Pol Pot, na Ex-Jugoslávia e, mais recentemente com os massacres dos Tutsis e Hutus, no Ruanda e Burundi, e em outros lugares comprovando que a xenofobia, o racismo e as perseguições políticas persistem.”
A prece de Kadish começa com o reconhecimento do poder de D-us sobre a terra. “Como Ele desejou”. Podemos não compreender a vontade de D-us – especialmente em uma hora de perda – mas nos submetemos a ela mesmo quando vai contra nossa natureza. O Kadish continua com uma súplica pela redenção final – a era messiânica – quando o reino de D-us será reconhecido por todos.
Instinto e estratégia nos negócios
Presidente (A-G) – CCLI
Coordenador Kadima Newsletter
Viva Medinat Israel
Toda a estrutura é organizada como um jogo de xadrez, onde cada membro do grupo é como uma peça, que deveria cumprir exactamente na sua função para que o objectivo final da acção se realize. Assim é a CCLI.
A economia e a gestão estratégicas revelam o valor de forma extremamente subtil. Pelo seu carácter tipicamente comercial, industrial e financeira, a grande maioria dos investimentos esbarram em clichés e situações previsíveis com que o público rapidamente se identificaria. No entanto, há um certo grupo restrito de investidores que, mesmo dentro dos limites desse paradigma económico múltiplo, conseguem extrair nas entrelinhas dos seus investimentos um carácter essencialmente inovador e revolucionário.
O grupo de empresários concentrado na CCLI visa a excelência e manifestam o seu interesse em lidar com grandes expoentes da investigação e desenvolvimento, e pensamos que reconheceu o valor económico de um certo modo de fazer negócios que é único e vem de Israel. Isto é, tais negócios têm uma assinatura como a Wex Trust Corporation de Telaviv, a Shamir Optical Solutions de Telaviv da Indústria optoelectrónica e agora da Biomed com a Drª Ruti Alon.
Tais negócios têm uma assinatura como um quadro de Van Gogh ou Rembrandt ou um livro de Dostoievsky ou Kafka. Esse estilo, nós da CCLI, cremos que se manifesta essencialmente no diálogo empresarial e na potencialidades abertas entre o mercado em que Portugal se integra, a UE, e o mundo altamente sofisticado do ponto de vista empresarial e científico-tecnológico que é Israel Moderno de que agora celebramos os 60 Anos de Medinat Israel.
Essa introdução é necessária porque a única certeza que temos de ver o tecido empresarial português melhorado é que eles possuam inegavelmente uma assinatura. Isto é, acima de tudo estamos vendo como uma Obra. A Obra Shamir ou a Obra Biomed, ou Zuripal ou Aldeamento Real, ou…como se estivéssemos a assistir a um filme de Stanley Kubrick, com prazer e ganho.
Ou a apreciar uma peça de uso cosmético da Esthée Lauder ou a sentir um perfume de Calvin Klein ou a vestir umas calças Lévi-Strauss, ou a apreciar um Excelente Porto Quinta da Peça.
Mas se seu carácter autoral é inegável, é curioso ver como se metamorfoseia ao longo de vários anos; cada nova empresa é uma grande ruptura em relação ao ciclo económico anterior e nisso se revela uma cultura económica única e que dá uma contribuição fundamental para a percepção da vida económica cuja natureza é essencialmente exigente porque estribada em macrotendências que se anunciam sobre as outras marcas e valores societais à frente do seu tempo, influenciando, e conquistando novos Mundos.
Thursday, April 17, 2008
A experiência humana da lucidez
Presidente Kehillah Or Ahayim
XIII-Eres mi única avla/ no sé tu nombri (dibaxu)
A Juan Gelman, a Andityas Moura
A psicanálise trata de um sentido da experiência humana. Integrada no seu particularismo a psicanálise é resolutamente imanente a um aspecto concreto da experiência. Na psicanálise sucedem-se ou justapõem-se sem qualquer ordem aparente, modos diversos de pensar. Aí se nota desde logo uma linha biológica que a orienta para a descrição de uma génese, a dos estádios do desenvolvimento afectivo. Mas tal descrição é atravessada por um alcance de tipo experimental que a contradiz até um certo ponto.Dum lado a perspectiva geométrica parece animar a teoria dos complexos e orientá-la talvez para uma vasta combinatória de tendências frustradas que se afrontam e transmutam segundo regras de uma alquimia estrita.
Quanto ao pensamento classificatório, ele está presente quando o psicanalista toma apoio sobre a nosografia psiquiátrica e a remodela. Em especial esse alcance e perda é visível na tipologia de Carl Jung.Ao contrário das abordagens psicotécnicas mais tradicionais que tomam emprestadas os métodos de quantificação à biometria de procedimento estrito, adaptado ao seu objecto, a psicanálise organiza bem ou mal, a relação terapêutica fazendo fogo de toda a lenha, o que dá ao resultado obtido um aspecto luxuriante. A psicanálise pode explorar as intuições e esgotar-se nelas. Abre determinados horizontes e desemboca por vezes nos delírios. (Ouça esta poesia inspiradora da realidade que ultrapassa a noção comum de certeza. A tua voz está escura de beijos que não me deste/ de beijos que não me dás/ a noite é pó deste exílio// teus beijos penduram luas que gelam o meu caminho/e/ tremo debaixo do sol//XV - Dibaxu de Juan Gelman (Edium Editores, Matosinhos, 2007)). Parece faltar-lhe a este método de análise um uso do método reflexivo, que encerrando-o numa cintura de rigor permita desfiar o que é verdadeiro do que é falso. No extremo da crítica epistemológica surgiria então a suspeita que, talvez, estivéssemos apenas no estado de um pensamento pré-científico, rico mas insuficientemente reflectido.As neuroses, a angústia, as fobias que conhecemos colam-se às formas descritas por Sigmund Freud.
A experiência analítica recebe coerência e continuidade, e por esse viés pelo menos, um progresso que a leva a afirmar-se com um carácter indiscutivelmente científico, que confirma a aptidão da base intuitiva do freudismo para esclarecer os aspectos mais inumeráveis da experiência humana. Se a psicanálise se integra mal noutras dimensões do pensamento científico, ela desenvolve em contrapartida, a sua virtude compreensiva própria e adequada a respeito da nossa cultura. Apesar de um deslocamento na estrutura do método e através de modos de pensar inadequados constitui-se num estilo científico original. O núcleo consistirá em controlar a relação intersubjectiva o que lhe outorga a chave de uma terapêutica de doenças mentais resultantes dos traumas de relação, e mais geralmente ela constitui uma fonte e forma de pedagogia reflectida, entendida como um estremecimento recíproco das consciências.
Sob uma capa de um desejo de investigação positiva que salvaguarda a dignidade profissional, o psicanalista envolve-se com os «seus» doentes nesta estranha relação de hipnotizador e hipnotizado ou de ver até onde vai o exibicionismo do doente, as satisfações de conceber o seu «magnetismo pessoal» e a boa vontade terapêutica que jogam rotativamente o seu papel. O consentimento de entrar nessa aventura, seja mesmo a da ambiguidade, o clínico renuncia por isso mesmo, pelo menos parcial e implicitamente a descrever a partir de fora a doença como uma entidade, de que uma eventual pesquisa etiológica ulterior permitiria um tratamento fármaco-dinâmico. Tão carregada de significações degradantes quais sejam a da prática hipnose, paradoxalmente a psiquiatria humaniza-se.
Notar-se-á como um Janet em termos históricos e em razão da sua formação filosófica, se entrega a tentar perceber a originalidade desta terapêutica, e exaure a teorização da categoria de explicação. Embora Sigmund Freud faça uso da reflexão e se prenda a categorias ao mesmo tempo que as purifica, estabelecendo-se no seu bom território até ao momento em que tudo se resolve na teoria da transferência. Aí estão envolvidas as relações intersubjectivas que se estabelecem independentemente dos transes e da escusa absolutória do desdobramento de personalidade encimada numa relação de tipo pedagógico ou racional em que a base são as confidências duma relação taumatúrgica de influência e de liturgia propiciatória. Existirá, no sentido psicanalítico, no modo humano, sempre e em qualquer caso uma relação intersubjectiva pouco lúcida.
CCLI
A empresa Shamir, instalada em Vila do Conde, associou-se à Câmara do Comércio Luso-Israel (CCLI). Esta unidade de origem israelita ( Altraóptica é a denominação da «casa-mãe») produz lentes oftálmicas. Com um nível de produção a rondar 4.500 unidades por dia, a empresda tema a expectativa de este ano subir estes avlores para seis a sete mil lentes por dia, promovendo assim o aumento do volume de vendas. Da parceria agora estabelecida com a Câmara de Comércio Luso-Israel, a Shamir espera que sejam potenciados os contactos comerciais com Israel e no resto do mundo. Hoje com 217 trabalhadores, a Shamir atinge o volume de negócios anual de 25 milhões de euros, produzindo 45 por cento para o mercado interno e 55 por cento para a Espanha, França, Inglaterra, Holanda, Áustria, Suécia, Dinamarca e Suíça, entre outros países da Europa de Leste.Ontem após a oficialização do protocolo, Luís Feijó referiu que a empresa foi recentemente ampliada, mas tem projectado continuar com o crescimento a curto prazo para fabricar também algo que actualmente é produzido numa sua fábrica na Turquia e na Alemanha – armações para óculos. Um grupo de empresários judaicos e a Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas constituíram a Câmara de Comércio Luso-Israel, que tem como um dos principais objectivos “captar investimento de expressão israelita, nacional ou internacional”, disse Maria Martins, presidente da Câmara de Comércio Luso-Israel. Actualmente, e “em apenas seis meses”, a Câmara conta já com 80 associados institucionais e empresariais, visando fortalecer “o empenho nos investimentos nas tecnologias de ponta, além da criação de parcerias universitárias, particularmente em áreas tecnológicas”, de acordo com André Veríssimo membro da Câmara.
Luísa Mateus (texto) / Carlos Machado (foto)
Moçâmedes, meu amor
Esta chuva de ti/ deixa cair pedaços de tempo/ pedaços de infinito/ pedaços de nós mesmos// é por isso que estamos/ sem casa nem memória?/ juntos no pensar/ como corpos ao Sol?
Juan Gelman, Dibaxu, XXV, p. 69
Durante vinte e cinco anos estive calado e não falei de ti; estiveste dentro de mim escondida cidade linda, com os casuarineiros, a praia das conchas, a praia azul e o deserto infinito. E esse deserto que infinitamente redobra o poder de Hashem, bendito seja.
A mente tem disto. Vou tecendo comentários relativos a um tema só meu, mas ainda assim colectivo, dum grupo de vivências irreversível e de relativo interesse público, e esse interesse raramente tem a ver com a curiosidade como diz Niceto Blásquez mas apenas coma nostalgia. De repente invade-nos a infância através das imagens e das vozes. Do canto do patrício angolano Bonga. A história que o tempo levou do Zé Kilengue. É o homem do saco, o homem sem cabeça. Um bicho-homem que não dá para espantar. E do homem anódino que nos atirava pedras quando cruzávamos os dedos indicador e médio sobre a outra mão e sobre os mesmos dedos figurando a s grades da cadeia e lhos mostrávamos.
A praia dos arcos e a baía e os amigos perdidos para sempre. E escola 56 onde formei uma parte da minha educação já serôdia embora muito jovem, além das aulas particulares numa explicadora do diabo. Que me batia quando errava. E assim fui errando muito sem saber como acertar. Porque me batia quando errava e depois por não ter acertado à primeira. E a seguir se preparava para arrimar a palmatória aos erros sequenciais. Hoje, quando leio as Conjecturas e Refutações de Karl R. Popper vejo como a teoria do teste e erro pode em alguns casos ser quase fatal, apesar de científica e com a projecção que o tempo dá sobre estes acidentes.
Moçâmedes da língua inglesa e da professora que perdeu a virgindade no ballet e do professor de ginástica especial que se esquecia de nós e se empenhava num amor luxurioso — como se não existíssemos — com uma colega nossa mais velha na EICIDH. Mais tarde o LAAT, aliás Liceu Nacional de Moçâmedes e a minha expulsão por dois dias das aulas por estar a fazer um desenho na prancheta nas aulas de inglês; atirou-se a mim uma gata rabugenta duma professora mulher do Arens, corredor de automóveis, em torno do Forte de D. Fernando; ela marcou-me a cara por oito dias com as suas centenas de argolas em torno do pulso e o currículo de bom aluno, um verdadeiro artista, réprobo da língua inglesa, foi suspenso por dois dias em que passei em casa com impedimento de entrar no perímetro escolar. O reitor, madeirense nem me ouviu nas impossíveis alegações de artista. Acordou de imediato na suspensão das aulas. A única até hoje. Apesar das tentativas mais inabilidosas e néscias de outros confrades do medeirense.
Moçâmedes da minha burra, da minha bicicleta que até hoje abandonei como se me afastasse do único veículo que soubera conduzir como vejo os miúdos-homens hoje a conduzirem as suas máquinas de luxo quais Maseratti e Chrysler e Ferrari para chegarem onde eu chegava: porque tudo era perto nesse Paraíso da Welwitchia mirabilis. E do morro maluco a caminho de Sá da Bandeira – Lubango, que ora aparecia de um lado e logo pelas circunvoluções da inóspita estrada do outro lado e do nada surgiam ao longo da estrada as tribos mucubais em estado de quase nudez total, como o ambiente em volta onde desfilava um comboio do minério de Cassinga com centenas de composições. Parecia um mostrengo pré-histórico. E ao seu entorno uma vegetação savanal e umas rochas com forma antrópica, em delineamentos que ora pareciam cetáceos pedidos duma era antiquíssima do terciário ora se viam inscritos em algumas grutas os restos de ossatura de peixes quando o mar tudo envolvia no começo do Mundo como enuncia o Bereshit (Génesis) da nossa sagrada Torah! Um facto importante irrecusável que oferece a terra, são os despojos fósseis de animais e vegetais, dentro das diferentes camadas, até nas mais duras pedras. A existência de tais seres é anterior a formação das aludidas pedras. Entre os despojos de vegetais e animais, alguns mostram-se penetrados de matérias calcárias que os transformaram em pedras, alguns apresentam a dureza do mármore. São as petrificações propriamente ditas. São não raro, esqueletos completos.
As caínes e num mesmo palco as raparigas negras aborígenes e lindas com as suas trancinhas filigrânicas a ostentarem o louvor duma natureza matricial por revelar.
Por vezes recordo o rumor das ondas quando à noite parava junto à baía em dia de nevoeiro. Uma névoa fresca em dias sempre quentes. Como o suco das múcuas e as mãos estendidas ao céu dos imbondeiros gigantescos, ferozes na ânsia de se fazerem notar no interím duma força majestosa da natura naturata ao modo espinozano face ao firmamento sempre azul.
Moçâmedes, praia das miragens, saco do Giraul, Torre do Tombo, o elefantezinho ainda sem dentes meu amigo confidente das horas da angústia infantil, Caitô, o elefante do parque. O jardim infantil; o coração a batucar e o assobio malandro. O cutucar das cascas de nozes no oceano, na baía; as baronas nossas donas ainda por nascer; de repente sou assim um estranho de mim e a paixão insufla de sangue o meu peito e a emoção constrange-me as palavras. E os antílopes ao lado (na imaginação) e as palancas miríficas e as miragens das estradas de produção humana, inacabáveis. E essas flores impossíveis que luzem com cor púrpura a partir dos cactos suculentos dum deserto que é prolongamento do Kalahaari. Os planaltos a norte a partir do Namibe e na Huíla com a obra colossal da autoria do engenheiro Edgar Cardoso que concebeu o percurso da extraordinária estrada projectada no serpentear duma altitude colossal e que nos leva, através da imponente serra da Leba, da cidade do Lubango até ao deserto do Kalahaari, Moçâmedes e ao mar. Dentre a mistura de areia e água surgem centenas de espécies que florescem em conjunto com leões, elefantes, hienas, mabecos, búfalos, hipopótamos e crocodilos. Uma grande variedade de pequenos animais que podem também ser encontrados como o lobo-do-mar o ganso selvagem, o macaco de muitos tipos de antílopes, ali e além.
A minha primeira arrufadela amorosa com a Lola; nunca mais soube seu nome completo e da sua figura diafrénica e estuante. Magicamente apareceu e desapareceu; ganhava brilho na rua e tínhamos 9 ou 10 anos. E os meus itinerários lambruscos pelo deserto procurando o Sul e o sal. Porto Alexandre (Tombwa) das calemas e do peixe e dos temíveis mabecos.
Em termos gerais como diz um economista da nossa praça: na realidade, existe em Portugal um conhecimento sobre África, ao menos no domínio das ciências agronómicas, que teria sido precioso para o desenvolvimento pós-colonial, se este tivesse sido possível em Angola, Moçambique ou Guiné Bissau, o que infelizmente não foi, até à data. O mais grave, porventura, é que grande parte desse conhecimento não está codificado, não é transmissível, isto é, pertence à experiência pessoal de alguns e não irá perdurar para além das suas vidas. Com esta que aqui se reescreve.
Tuesday, April 15, 2008
Elisabeth Loftus
A memória humana é frágil. A psicóloga norte-americana Elisabeth Loftus vem explicar, ao fim da tarde, na conversa com Carlos Vaz Marques as razões porque afirma, ao fim de trinta anos de investigação, que é possível manipular a memória.
( 20:00 06 de Agosto 04 )
Carlos Vaz Marques
REGISTO AUDIO
1. Elisabeth Loftus2. Elisabeth Loftus3. Elisabeth Loftus
As entrevistas ao fim da tarde de Pessoal... e Transmissível.
Segunda a Sexta-feira, às 19h
Friday, April 04, 2008
Parshas Tazria 5768
Parshas Tazria 5768
Tzaraas: Spot Checks
The Mitzvah
The appearance of tzaraas, a leprous spot upon man's skin necessitated a check by the kohen who would determine whether this rendered him as spiritually impure (Vayikra 13-14).
One point worthy of reflection, in the realization that tzaraas was a spiritual rather than a physical malaise, is why this specifically develops upon the skin.
Granted that this was due a spiritual default within the person – such as haughtiness or speaking lashon hara, evil speech. But why the "spot check" appearing on the body's surface? Why this peculiar outer manifestation of the inner defects within man?
The transition in Adam's primeval sin, as we've discussion upon other occasions, was from a body radiating an incandescent Ohr, "light" in G-dly service to a more physical body with Oyr, "skin" that blinded and veiled the inner soul within man. The word Oyr, "skin" is related to Ivver, "blind person" because in his diminished, fallen state, his body now took on a layer of skin. It became a veil rather than a reflector to reveal the divine in the universe.
Skin is the layer of separation, the interface between within and without.
In a sense, it is the symbolic boundary between the soul within man and the body that covers it. Accordingly, this powerfully evokes the tragic result of sin, as originating in the Garden of Eden, as an "strengthened" barrier constructed between man and G-d.
In past generations, people were clued into their spiritual performance. Where they lapsed by not living up the ideal, there immediately surfaced an external manifestation and clear indicator of their inner defect. This was a supreme act of divine kindness as it enabled them to quickly fix their wrong-doings. And to take steps to remove this undesirable blockade.
Here tzaraas formed upon the skin to indicate the presence of a "spiritual" blockage, or the partial withholding that was preventing the Pneimiyus, "the inner essence" within man's soul, to be fully revealed and illuminated outwards.
Such contamination affects the essence of man's spiritual endeavors. And in the same way the total withdrawal of the life force from within the person radically impacts upon the composure of the body, so too, explains the Kuzari, does the withdrawal of even some of the divine light within man also result in a changed appearance as evident in tzaraas.
Like a sewage, drain or pipe blockage requires a plumber for the system to be fully functional, so too, is the employment of a religious plumber necessary in order to remedy the spiritual failings externally manifest in the tzaraas.
Enter Mr. Kohen.
The task of the kohen was to spiritually unblock the obstacle and readdress the causes of the sin. He admonished the sinner to cleanse out the contamination clogging up his soul and to eject evil from within. That called for his full repentance for his iniquities. And who better than the kohen? He was tuned into the concept of Pneimiyus, "internality" where his whole being was devoted to the worship of G-d in the Sanctuary and whose head, the kohen gadol, was the one to enter the Kodesh Hakodoshim, "the inner sanctum" on Yom Kippur.
Only through employing the greatest efforts to demolish this blockage, can the inner holiness be revealed. The tzaraas vanished once his repentance was complete.
Our task today, albeit where this mitzvah has no practical application, is to contemplate our actions, speech and thought and unblock all those sinful attempts to conceal His Presence. We have to invest all our efforts in making our beings a conduit to reveal G-d in the universe.
Just In Time For Pesach
To make your Pesach more meaningful, we have made available, in MP3 format, selected Shiurim of Rabbi Frand
on Pesach.
Included in this group is "A Unique Erev Pesach", a shiur that deals with Erev Pesach that falls out on Shabbos. To download these shiurim please go to our website http://www.yadyechiel.org and click on the "Pesach Classics" button. -
We wish you a Chag Kosher V'sameach.
Golda Eterna Golda
14 de marzo de 2008
Golda y la Paz.
«La paz llegará, cuando los árabes amen a sus hijos más de lo que nos odian a nosotros».
«No nos gustan las guerras, incluso cuando las ganamos».
«No nos regocijamos con las guerras. Nos regocijamos cuando desarrollamos un nuevo tipo de algodón, o cuando las fresas florecen en Israel».
«El periodo de tiempo desde nuestra independencia, ha sido el primero en muchos, muchos siglos, en que las palabras "refugiado judío" no han sido pronunciadas. Esto es, por que el Estado judío está dispuesto a recibir a cualquier judío: competente o no, viejo o no, enfermo o no. Nos da exactamente igual»
«El hecho de ser abuela, me da la certeza de que la paz llegará algun día al Medio Oriente: sé que también hay abuelas en Egipto, Jordania y Siria, que quieren que sus nietos vivan»
(Ante la pregunta de un estudiante de la Universidad de Princeton, EE.UU., sobre qué haría Israel si Arafat reconociese al Estado de Israel): «Hay un dicho en yídish que dice, "si mi abuela hubiese tenido ruedas, hubiese sido una carroza"»
«He dado expresas instrucciones, de ser avisada personalmente cada vez que caiga un soldado nuestro, así sea en medio de la noche. Cuando el presidente Nasser dé instrucciones de ser despertado en mitad de la noche cuando caiga un soldado egipcio, llegará la paz»
«Las autoridades árabes no tendrán más remedio que sobreponerse al "shock" de vernos frente a frente en la mesa de negociaciones, y no en el campo de batalla»
(Al preguntársele si no se sentía menoscabada como la única mujer de entre todos los hombres del gabinete): «No lo sé. Nunca intenté ser un hombre»
(Aludiendo a Moisés): «Nos arrastró 40 años por el desierto, para traernos al único lugar en todo el Medio Oriente donde no hay petróleo»
«Nosotros decimos "paz", y el eco nos vuelve del otro lado diciéndonos "guerra"»
«Nunca he sido partidaria de la inflexibilidad, excepto cuando la cosa atañe a Israel. Si se nos critica por que no nos doblegamos, por que no somos flexibles en la cuestión de "ser o no ser", es por que hemos decidido que, sea como fuere, somos y seremos.»
«Podemos perdonar a los árabes por matar a nuestros hijos. Pero nunca les vamos a perdonar el hacernos matar a los suyos.»
«Podría entender que los árabes quieran borrarnos del mapa. Pero, ¿es que realmente pretenden que cooperemos con ellos en eso?»
«Siempre dijimos tener un arma secreta en nuestra lucha contra los árabes: el no tener alternativa»
(En respuesta a la observación del papa Pablo VI, que le recriminó que los judíos, siendo un pueblo tan compasivo, sea tan inflexible en su propio país): «Su Santidad, cuando fuimos compasivos, débiles y apátridas, nos condujeron a las cámaras de gas»
«Un líder que no duda antes de enviar a su nación a una guerra, no es apto para serlo»
Postagem: Andre Moshe Pereira, Presidente Kehillah Or Ahayim