3 Kislev 5769
D_US,
as Palavras Perdidas de
Israel e Diáspora
Vivemos o judaísmo como sinfonia de um povo construtor. Natura naturata, sabemo-nos pedras em diáspora, notas soltas de uma afinação sem logus. Indagamos pelo novo edifício de D_us. Cabe-nos formular recensões da gramática criadora da Torah. D_us concedeu a palavra ao nosso irmão mabenah. O seu destino pesa no nosso exílio. A tefilla conduz a nave. Toda a natura naturata se plasma nos objectos e sujeitos idealizados e imaginados como composição numeral que se repete numa reformulação rítmica e ondulatória, plástica e lucíferante, criadora do espaço-tempo vivido. A velocidade da imagética lucis enquadra-se na mónada do pensamento ordenador. O imaginado arquétipo elíptico ascende conjugado no eterno
retorno circular, assim deformado pela linear recta da entropia. Para além dessa velocidade estarão as palavras perdidas de Adonai, yod, década de vozes de deleite amoroso, musicalizados perante a Lua, seu ser esposa, que as tomou como jóias de adorno e, simultaneamente como sémen eflúvio em óvulo fecundante, génese dos gémeos Abel e Caím. O fratricídio ocultou-as. O judeu , nesta hora, que não ainda a prima, visita a mátria, no túnel da mina de tetra, busca a cálcula do alvorecer, a estrela da manhã messiânica. Nessa hora de Lua poente e de lux perfecta se dará a reconciliação. A Bheit Knesset será de novo Templo de Adonai. Vivamos Talmud Tora, Vitae Lux
3 Kislev 5769
Machado Pereira Sequeira