Friday, August 15, 2008
Parashá Vaetchanan
Parashá Vaetchanan
Como uma grande família
Os judeus que vivem em Israel, estão em meio à sua “mishpacha”, família. Bem verdade que muitas vezes temos uma convivência um pouco difícil, disfuncional, mesmo assim uma família. E como tal temos momentos em que vemos que tudo vale a pena:
Carona de Lag BaOmer:
Em Israel, o dia de Lag Baômer é feriado, e nele praticamente 10% de toda a população de Israel visita o túmulo do sábio talmúdico Rabi Shimmon Bar Yochai, localizado no monte Meron ao norte do país.
Cerca de alguns anos atrás uma amiga minha, Ariela, se aventurou nesta visita. Aproximadamente as 21:30 ela pegou o ônibus de volta para Jerusalém (uma viajem de quase 4 horas), certa de que a última parada seria a estação central de Jerusalém, de onde poderia pegar um táxi até sua casa.
Ariela então adormeceu despreocupada. Horas mais tarde, acordada por uma voz que dizia "Última parada, todos devem descer", Ariela olhou a sua volta para uma vizinhança completamente desconhecida da cidade.
- "Aonde esta a estação central?" perguntou ansiosamente.
- "Isto foi a três paradas", respondeu o motorista do agora vazio ônibus. "Estou indo para o estacionamento e todos devem descer".
Como a área parecia residencial, Ariela pediu ao motorista se poderia deixá-la em alguma via principal para que pudesse pegar um táxi.
- "Não existem táxis circulando nesta área, certamente não a esta hora da noite".
- "O que eu faço?", perguntou em claro desespero.
- "Aonde você mora?"
- "Na cidade velha"
- "OK, eu vou te levar para casa"
Então o motorista do ônibus deu meia volta e dirigiu outros 20 minutos um ônibus vazio para levar sua última passageira para casa.
Em memória:
Certa manhã, logo após o ataque terrorista na escola de Merkaz HaRav, no qual oito jovens estudantes foram assassinados, um ônibus municipal trilhava sua rota pela rua do atentado quando parou na estação de frente a escola. O motorista puxou o freio de mão, se levantou e dirigiu-se aos passageiros, que estavam a caminho de seus trabalhos. Este contou que seu sobrinho foi uma das vitimas, e pediu para falar alguns minutos em sua memória.
Todos concordaram. Enquanto falou sobre as qualidades de ouro do menino; as lagrimas corriam as sobre as faces de todos. Foi quando uma senhora sentada à dianteira do veiculo, se levantou e disse que um dos meninos assassinados era seu vizinho e pediu para dizer algumas palavras sobre ele. Novamente todos concordaram. Então ela falou sobre este jovem excepcional. Quando terminou o ônibus seguiu em seu caminho.
O prazer de uma boa ação:
Um casal vendeu seu apartamento e recebeu como sinal U$10.000 em espécie num envelope pardo. Naquela noite, foram a uma padaria onde a esposa deixou cair o envelope. Somente quando chegaram em casa, é que se deram conta do ocorrido.
Um dos clientes da loja encontrou o envelope. Correu para o seu rabino para perguntar como poderia fazer para devolver o dinheiro para seu dono. Este o aconselhou a ligar para uma rádio israelense e fazer um anúncio do achado sem revelar detalhes.
Neste meio tempo, o marido assustado, foi consultar com o seu rabino sobre o ocorrido. Quando foi atendido e explicou sua história, o secretário , que estava presente, disse: ”Acabei de ouvir na rádio que alguém encontrou uma grande soma de dinheiro perto desta padaria.”. Eles então ligaram para a rádio a qual fez o contato com a pessoa do anúncio.
Este não foi o final da historia. Não satisfeito o cliente acordou seus filhos no meio da noite para presenciarem a devolução do dinheiro e verem a felicidade com que um judeu cumpre uma boa ação.
Apesar de todas as nossas diferenças, ainda assim somos uma grande família que vive junta e luta por um mesmo ideal. Nosso país, Israel, é o local ideal para percebermos isto, nos pequenos atos de solidariedade do dia a dia que muitas vezes passam despercebidos.
Estes são alguns exemplos de como podemos demonstrar que nos importamos uns com os outros. Que possamos aprender o prazer de viver em harmonia.
Como uma grande família
Os judeus que vivem em Israel, estão em meio à sua “mishpacha”, família. Bem verdade que muitas vezes temos uma convivência um pouco difícil, disfuncional, mesmo assim uma família. E como tal temos momentos em que vemos que tudo vale a pena:
Carona de Lag BaOmer:
Em Israel, o dia de Lag Baômer é feriado, e nele praticamente 10% de toda a população de Israel visita o túmulo do sábio talmúdico Rabi Shimmon Bar Yochai, localizado no monte Meron ao norte do país.
Cerca de alguns anos atrás uma amiga minha, Ariela, se aventurou nesta visita. Aproximadamente as 21:30 ela pegou o ônibus de volta para Jerusalém (uma viajem de quase 4 horas), certa de que a última parada seria a estação central de Jerusalém, de onde poderia pegar um táxi até sua casa.
Ariela então adormeceu despreocupada. Horas mais tarde, acordada por uma voz que dizia "Última parada, todos devem descer", Ariela olhou a sua volta para uma vizinhança completamente desconhecida da cidade.
- "Aonde esta a estação central?" perguntou ansiosamente.
- "Isto foi a três paradas", respondeu o motorista do agora vazio ônibus. "Estou indo para o estacionamento e todos devem descer".
Como a área parecia residencial, Ariela pediu ao motorista se poderia deixá-la em alguma via principal para que pudesse pegar um táxi.
- "Não existem táxis circulando nesta área, certamente não a esta hora da noite".
- "O que eu faço?", perguntou em claro desespero.
- "Aonde você mora?"
- "Na cidade velha"
- "OK, eu vou te levar para casa"
Então o motorista do ônibus deu meia volta e dirigiu outros 20 minutos um ônibus vazio para levar sua última passageira para casa.
Em memória:
Certa manhã, logo após o ataque terrorista na escola de Merkaz HaRav, no qual oito jovens estudantes foram assassinados, um ônibus municipal trilhava sua rota pela rua do atentado quando parou na estação de frente a escola. O motorista puxou o freio de mão, se levantou e dirigiu-se aos passageiros, que estavam a caminho de seus trabalhos. Este contou que seu sobrinho foi uma das vitimas, e pediu para falar alguns minutos em sua memória.
Todos concordaram. Enquanto falou sobre as qualidades de ouro do menino; as lagrimas corriam as sobre as faces de todos. Foi quando uma senhora sentada à dianteira do veiculo, se levantou e disse que um dos meninos assassinados era seu vizinho e pediu para dizer algumas palavras sobre ele. Novamente todos concordaram. Então ela falou sobre este jovem excepcional. Quando terminou o ônibus seguiu em seu caminho.
O prazer de uma boa ação:
Um casal vendeu seu apartamento e recebeu como sinal U$10.000 em espécie num envelope pardo. Naquela noite, foram a uma padaria onde a esposa deixou cair o envelope. Somente quando chegaram em casa, é que se deram conta do ocorrido.
Um dos clientes da loja encontrou o envelope. Correu para o seu rabino para perguntar como poderia fazer para devolver o dinheiro para seu dono. Este o aconselhou a ligar para uma rádio israelense e fazer um anúncio do achado sem revelar detalhes.
Neste meio tempo, o marido assustado, foi consultar com o seu rabino sobre o ocorrido. Quando foi atendido e explicou sua história, o secretário , que estava presente, disse: ”Acabei de ouvir na rádio que alguém encontrou uma grande soma de dinheiro perto desta padaria.”. Eles então ligaram para a rádio a qual fez o contato com a pessoa do anúncio.
Este não foi o final da historia. Não satisfeito o cliente acordou seus filhos no meio da noite para presenciarem a devolução do dinheiro e verem a felicidade com que um judeu cumpre uma boa ação.
Apesar de todas as nossas diferenças, ainda assim somos uma grande família que vive junta e luta por um mesmo ideal. Nosso país, Israel, é o local ideal para percebermos isto, nos pequenos atos de solidariedade do dia a dia que muitas vezes passam despercebidos.
Estes são alguns exemplos de como podemos demonstrar que nos importamos uns com os outros. Que possamos aprender o prazer de viver em harmonia.