Thursday, October 30, 2008
Rotas do Judaísmo
Rotas do Judaísmo
André Moshe Pereira
Presidente da Kehillah Or Ahayim
A vida e história das comunidades judaicas da Beira Interior, Trás-os-Montes e regiões de fronteira. Dar a conhecer a história das comunidades judaicas da Beira Interior e Trás-os-Montes e do País em geral no seu contributo para a definição da identidade da região e o seu desenvolvimento. Para tal é útil a parceria de municípios portugueses e espanhóis, governo português e junta autónoma da Estremadura castelhana, historiadores e sociólogos especialistas em turismo religioso judaico e especialistas israelitas.
Na Covilhã a judiaria parece ser muito grande e que foi um núcleo importante de intelectuais que contribuíram de uma forma muito positiva para o reconhecimento da região e cidades em que existiram grandes comunidades hebraicas, das quais ainda persistem vários vestígios, nas suas zonas mais antigas. Trancoso com a sua Casa do Gato Negro (suposta antiga sinagoga) e a antiga judiaria, Celorico da Beira e Linhares onde existem também muitos vestígios das suas judiarias. Gouveia onde se construiu a ultima sinagoga antes da expulsão dos judeus. Fornos de Algodres, onde têm sido descobertos alguns vestígios. A comunidade judaica teve grande importância em Gouveia. Dedicavam-se aos afazeres de lanifícios e julga-se que viviam no que é hoje o bairro da Biqueira tendo sido edificada, em 1496, uma sinagoga na Rua Nova, alusão aos Cristãos-Novos. Como se conta ficam os sefarditas que conservam as chaves de suas casas abandonadas à força, para não abjurar do seu credo milenário.
No século XV, a Guarda, e principalmente a Covilhã, tinham das maiores comunidades judaicas em Portugal. Os judeus dedicavam-se essencialmente ao comércio e artesanato, mas também a actividades primárias, destacando-se na Serra da Estrela pela produção de vinho e azeite, elementos do Kashrut, tendo sido também incitadores capitais da indústria dos lanifícios.
Na Guarda e em Bragança, em Chaves e Mogadouro e em Torre de Moncorvo, Felgar, Freixo de Espada-à-Cinta e bem assim por todo o interior e área limítrofe do Porto e Douro mantêm-se os traços interiores e contingentemente exteriores da tipologia das habitações que eram característicos das moradias dos judeus e a sua história. No Porto por exemplo, a existência do extinto jornal Ha-Lapid que vai noticiando a renovação de um saber e de um fazer cultivado durante gerações. O conhecimento da perseverança dos marranos portugueses através de A Obra do Resgate de Barros Basto.
Promoveremos visitas a locais onde possam ocorrer ainda acontecimentos que assinalem comemorações judaicas, bem como actividades culturais como ciclos de conferências, música e películas cinematográficas.
O Museu do Cripto-judaísmo em Belmonte. O museu de Belmonte terá como objectivo o turismo cultural, aquele para o qual a região apresenta maiores potencialidade. Interessa o ponto de vista religioso e a promoção turístico-cultural. A criação do museu em Belmonte, bem como centros de interpretação judaica na Guarda e Covilhã, Penamacor e Fundão até Gouveia, Celorico da Beira, Trancoso, Guarda e Pinhel. Belmonte será o núcleo destes itinerários judaicos e a sua contemporânea sinagoga. A comunidade de Belmonte tem todo o interesse em dar a conhecer a sua história de resistência a partir da fé.
Visamos pelo turismo cultural o crescimento dos espaços de exposição e de documentação variada e arquivo que servirá de estímulo para futuras investigações e com o reforço de institutos israelitas na área da difusão da cultura sefardita e das universidades de Portugal e Espanha especializadas neste campo.
Incluímos todo o percurso religioso e cultural das comunidades, focando aspectos como a liturgia, os rituais e festas religiosas e apontamos à participação com o apoio das sinagogas, por exemplo, dos Ritos de Rosh Hoshanah, Yom Kipur, Sukot, e antes todas as outras festividades alegres Purim, Simchat Torah, ou Gloriosas Haggadah,… um encontro com a natureza d essa forma de comemoração e vivência com grupos de judeus ibéricos ou de Israel e do Mundo, em permanência.
André Moshe Pereira
Presidente da Kehillah Or Ahayim
A vida e história das comunidades judaicas da Beira Interior, Trás-os-Montes e regiões de fronteira. Dar a conhecer a história das comunidades judaicas da Beira Interior e Trás-os-Montes e do País em geral no seu contributo para a definição da identidade da região e o seu desenvolvimento. Para tal é útil a parceria de municípios portugueses e espanhóis, governo português e junta autónoma da Estremadura castelhana, historiadores e sociólogos especialistas em turismo religioso judaico e especialistas israelitas.
Na Covilhã a judiaria parece ser muito grande e que foi um núcleo importante de intelectuais que contribuíram de uma forma muito positiva para o reconhecimento da região e cidades em que existiram grandes comunidades hebraicas, das quais ainda persistem vários vestígios, nas suas zonas mais antigas. Trancoso com a sua Casa do Gato Negro (suposta antiga sinagoga) e a antiga judiaria, Celorico da Beira e Linhares onde existem também muitos vestígios das suas judiarias. Gouveia onde se construiu a ultima sinagoga antes da expulsão dos judeus. Fornos de Algodres, onde têm sido descobertos alguns vestígios. A comunidade judaica teve grande importância em Gouveia. Dedicavam-se aos afazeres de lanifícios e julga-se que viviam no que é hoje o bairro da Biqueira tendo sido edificada, em 1496, uma sinagoga na Rua Nova, alusão aos Cristãos-Novos. Como se conta ficam os sefarditas que conservam as chaves de suas casas abandonadas à força, para não abjurar do seu credo milenário.
No século XV, a Guarda, e principalmente a Covilhã, tinham das maiores comunidades judaicas em Portugal. Os judeus dedicavam-se essencialmente ao comércio e artesanato, mas também a actividades primárias, destacando-se na Serra da Estrela pela produção de vinho e azeite, elementos do Kashrut, tendo sido também incitadores capitais da indústria dos lanifícios.
Na Guarda e em Bragança, em Chaves e Mogadouro e em Torre de Moncorvo, Felgar, Freixo de Espada-à-Cinta e bem assim por todo o interior e área limítrofe do Porto e Douro mantêm-se os traços interiores e contingentemente exteriores da tipologia das habitações que eram característicos das moradias dos judeus e a sua história. No Porto por exemplo, a existência do extinto jornal Ha-Lapid que vai noticiando a renovação de um saber e de um fazer cultivado durante gerações. O conhecimento da perseverança dos marranos portugueses através de A Obra do Resgate de Barros Basto.
Promoveremos visitas a locais onde possam ocorrer ainda acontecimentos que assinalem comemorações judaicas, bem como actividades culturais como ciclos de conferências, música e películas cinematográficas.
O Museu do Cripto-judaísmo em Belmonte. O museu de Belmonte terá como objectivo o turismo cultural, aquele para o qual a região apresenta maiores potencialidade. Interessa o ponto de vista religioso e a promoção turístico-cultural. A criação do museu em Belmonte, bem como centros de interpretação judaica na Guarda e Covilhã, Penamacor e Fundão até Gouveia, Celorico da Beira, Trancoso, Guarda e Pinhel. Belmonte será o núcleo destes itinerários judaicos e a sua contemporânea sinagoga. A comunidade de Belmonte tem todo o interesse em dar a conhecer a sua história de resistência a partir da fé.
Visamos pelo turismo cultural o crescimento dos espaços de exposição e de documentação variada e arquivo que servirá de estímulo para futuras investigações e com o reforço de institutos israelitas na área da difusão da cultura sefardita e das universidades de Portugal e Espanha especializadas neste campo.
Incluímos todo o percurso religioso e cultural das comunidades, focando aspectos como a liturgia, os rituais e festas religiosas e apontamos à participação com o apoio das sinagogas, por exemplo, dos Ritos de Rosh Hoshanah, Yom Kipur, Sukot, e antes todas as outras festividades alegres Purim, Simchat Torah, ou Gloriosas Haggadah,… um encontro com a natureza d essa forma de comemoração e vivência com grupos de judeus ibéricos ou de Israel e do Mundo, em permanência.